Panfletagem conscientiza sobre a não violência à mulherPreconceito, medo do cônjuge e barreiras culturais inibem a mulher de se pronunciar e procurar seus direitos

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10/12/2009

panfletagem Creas

Na manhã desta quinta-feira, 10 de dezembro, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Idoso/Mulher realizou no calçadão da rua Halfeld uma panfletagem, a fim de conscientizar a população acerca da não violência contra a mulher e alertar para um problema maior: o medo de se defender. Dez funcionárias da instituição fizeram a entrega de três mil panfletos, referentes ao último dia da campanha "16 dias de ativismo - pelo fim da violência contra a mulher". A ação é realizada há 19 anos.

Com cerca de um ano de existência, o centro ainda apresenta uma demanda de atendimentos muito baixa em relação ao número de mulheres no município. Por mês, cerca de 20 pessoas passam pela unidade do Centro, enquanto cinco procuram o posto da Zona Norte. Segundo a coordenadora do Creas, Maria Cláudia Siqueira Dutra, a principal barreira que prejudica a defesa contra a violência é, justamente, a falta de procura e de informação. "O medo, a dependência do marido e a questão cultural são os principais desafios que temos que vencer", ressalta.

Outra constatação alarmante é o pouco conhecimento sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006). "Muitas não sabem que a lei existe para defendê-las. O objetivo do centro é orientar e abrir os olhos das mulheres para seus direitos, pois várias acham que a violência caseira é normal. Nós explicamos que somente a mulher pode fazer sua defesa e quais são os procedimentos de proteção", explica.

Além da informação, também é feito encaminhamento para o apoio psicológico, para Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) ou para a Delegacia de Repressão a Crimes contra a Mulher, caso seja necessário. O Creas Idoso/Mulher (praça Antônio Carlos, 371, Centro) atende pelo telefone 3690-8483, e o Creas Norte (rua Dona Ambrosina Nunes Lima, 44, Jóquei Clube) pelo 3223-3491. O telefone para denúncias é 0800-283-7991. 

Os textos são revisados por Madalena Fernandes