Quarta, 29 de agosto de 2007, atualizada às 18h30
Professores municipais param atividades por um dia
Subeditora
Nesta quinta-feira, dia 30 de agosto, a Secretaria de Educação do município faz a chamada Parada Pedagógica, em que todas as escolas municipais ficam sem aulas para discutir os caminhos da educação nas escolas municipais, como os métodos pedagógicos e necessidades de melhoria da aprendizagem. Cada escola faz estas avaliações em turnos diferentes, em seu próprio ambiente de trabalho.
Aproveitando o evento, o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF) está enviando um documento para as escolas municipais propondo a a avaliação não só dos professores e escolas, mas discutir Plano Municipal Decenal da Educação (PMDE).
Segundo a coordenadora geral
do Sinpro/JF, Fátima Barcellos, o PMDE foi aprovado em congresso
no ano de 2005 e na Câmara, em maio de 2006, e deveria ser colocado em prática pelo
Executivo em 2007. "Até agora, a prefeitura não implementou os 30%
do que arrecada na educação"
.
Outros pontos levantados são os acessos e o adicional por formação, que estão
atrasados desde setembro de 2006, a gratificação de 20% (para quem trabalha com
alunos especiais) de fevereiro, março e abril de 2007 e as rescisões de maio e
junho ainda não foram quitadas. "Como ela pode avaliar alguma coisa, se ela
mesma não cumpre as metas?"
, questiona Fátima.
Discussão de decreto federal
O próximo debate que o Sinpro/JF vai levantar, ainda sem data marcada, vai ser sobre o Decreto 6094, de 24 de abril de 2007, do governo federal. Segundo Fátima, os municípios que aderirem a este decreto vão receber verbas além das verbas do Fundeb.
"Quem aderir a este decreto, vai ter que seguir todos os pontos.
Isso vai tirar a autonomia pedagógica, a liberdade. O governo Lula está
seguindo os mesmos passos do governo FHC na educação, voltado para
o mercado e não para sujeito crítico"
, explica.
O Sinpro vai organizar palestras para falar sobre este decreto às escolas e
depois levar ao Congresso Pedagógico. "Este é um decreto muito perigoso"
,
diz Fátima.