Servidores federais fazem vigília de seis horas no campus da UFJF para fortalecer a greve
*Colaboração
Um dia antes de completar um mês em greve, os servidores federais realizaram manifestações para fortalecimento do movimento por todo o Brasil, durante esta terça-feira, 10 de julho. Em Juiz de Fora, os técnico-administrativos reuniram-se em assembleia às 9h da manhã no Hospital Universitário (HU) e, depois, seguiram para o campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde iniciaram uma vigília prevista para durar 36 horas, em frente à reitoria. Contudo, no decorrer do dia, os manifestantes decidiram pelo término da ação por volta das 17h, seis após o início.
De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), Lucas da Silva Simeão, a proposta é realizar atos contínuos de manifestação e cobrar uma postura da reitoria com relação à greve."O reitor já deixou claro que apoia nossa causa, mas precisamos que a instituição nos forneça um documento oficial com essa decisão, para ajudar no fortalecimento das nossas reivindicações."
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Simeão acredita que cerca de cem servidores participaram das manifestações nesta terça-feira, incluindo funcionários aposentados que apoiam o movimento. O principal objetivo é intensificar a greve em locais onde ainda não aderiram com totalidade e lacrar bibliotecas e laboratórios setoriais, por exemplo.
Na ocasião, estudantes que integram o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFJF deram apoio aos grevistas e participaram das manifestações. Simeão comenta, ainda, que não está havendo repressão por parte da reitoria da UFJF e os direitos dos funcionários estão sendo mantidos.
O movimento será retomado nesta quarta-feira, 11, quando os servidores voltam ao campus da UFJF, para contato com trabalhadores que não aderiram à greve.
Preocupação com o HU
De acordo com a assessoria de comunicação do Sintufejuf, a assembleia realizada nesta terça-feira, dentro da unidade Santa Catarina do HU, teve o objetivo de auxiliar os funcionários do local e demonstra uma preocupação do sindicato com uma possível privatização da unidade. "Queremos que os servidores do HU aumentem a paralisação até chegar nos 30% de funcionamento determinados por lei", explica Simeão. A assessoria informou, ainda, que serão iniciadas ações internas no hospital, para que os funcionários consigam exercer seu direito de greve. Os serviços essenciais, como emergência, Unidade de Terapia Intensiva e hemodiálise, continuarão em funcionamento, porém, dentro de escala pré-determinada.
Continuidade do movimento
A greve continua por tempo indeterminado e, segundo o coordenador-geral, as manifestações irão continuar de forma cada vez mais intensa. "Teremos, provavelmente, uma resposta do governo até o dia 20 de julho. Diante disso, veremos se haverá acordo ou radicalização do sindicato". Entre a pauta de reivindicações, a categoria exige reajuste e política salarial com data-base. A ideia é que o piso chegue a três salários mínimos. Outro ponto é a correção de distorções no plano de carreira, com racionalização dos cargos, reposicionamento de aposentados e extensão do incentivo à qualificação de todos. Além disso, a categoria luta contra o que classifica como precarização e privatização de serviços. Atualmente, a adesão da greve está em torno de 90 a 95% do corpo de técnico-administrativos, que somam cerca de 1.900 pessoas.
*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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