O inédito ouro pan-americano de Bia Ferreira

Nome do Colunista Isabele Barbosa 15/08/2019

A boxeadora da cidade de Salvador e radicada em Juiz de Fora derrotou a pugilista argentina Daiana Sanchez na final dos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru). Beatriz Ferreira, a Bia, conquistou o ouro inédito na categoria de 60 kg. Com um sotaque carregado, a pugilista contou um pouco sobre a sensação de trazer a medalha para o Brasil:

“Eu já estava muito feliz de ter conseguido classificar e participar dos jogos Pan-Americanos. É um evento que todos os atletas de alto rendimento têm o sonho de participar. Se não é o Pan, é a Olimpíada. E fui muito feliz só de estar lá. E eu sabia que eu podia conseguir uma medalha. É claro que a gente almeja sempre a medalha de ouro e, quando eu vi que a chance era real, eu não acreditei. É muito gratificante!”

Bia Ferreira quebrou um jejum de doze anos sem medalha na modalidade. O último ouro havia sido conquistado pelo boxeador Pedro Lima, no Pan do Rio de Janeiro, em 2007. A categoria feminina é recente, já que essa foi apenas a terceira participação em Pan-Americanos. A atleta, portanto, não escondeu a felicidade de ter vencido a luta e conquistado a marca de ser a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro no boxe.

A estreia de Bia Ferreira nos ringues foi com 18 anos, mas o início da paixão pelo boxe começou ainda na infância, quando assistia os treinamentos do pai, Raimundo Oliveira Ferreira, que é ex-pugilista:

“Me apaixonei pelo boxe e comecei a treinar desde novinha. Depois que comecei, não parei mais. Escolhi como profissão. Hoje eu sou atleta da Seleção Brasileira e atleta da Marinha do Brasil. Eu estou tendo sucesso na minha carreira. Nesses três anos como titular da Seleção, ganhei vários campeonatos. Eu amo o boxe e, se você trabalha com amor, você está sempre se divertindo.”

Após a participação no Pan-Americano de Lima, Bia voltou para Juiz de Fora e agora está focada nos treinamentos para as Olimpíadas de Tóquio em 2020. A meta é continuar conquistando medalhas para, assim, permanecer sempre no lugar mais alto do pódio.

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