Já pensou em unir sustentabilidade e atletismo? Não? O professor de Educação Física, Emerson Duarte, colocou esse pensamento em prática e desenvolveu, junto com seus alunos, implementos do atletismo com materiais reutilizáveis. Materiais para os quais, no dia a dia, não damos muita importância, na disciplina de “Práticas Sustentáveis” assumiram um papel essencial. Meia, areia, papelão, canos de PVC e cabo de vassoura viraram dardos, pesos, martelos, discos e até bastão de revezamento. Objetos que serão usados pelos futuros profissionais na iniciação do atletismo para crianças.

Segundo Emerson, colocar a mão na massa e levar a teoria para a rotina é muito importante. Para ele, com essa iniciativa, é possível mostrar que, para se colocar no mercado de trabalho, o futuro profissional não precisa fazer um grande investimento financeiro em materiais. Além disso, pode ajudar o planeta e deixar a iniciação do atletismo mais lúdica e sustentável. “Através de atividades simples, como utilizar a estratégia do brincar, a gente consegue, com esses materiais que foram construídos fora da regra, trabalhar. Eles podem ser utilizados nas aulas de iniciação na aprendizagem para crianças, até para desenvolver o gosto, a motivação e o interesse pela prática”, afirma o professor do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora.

Fabiano Andrade, aluno do 4º período de Educação Física, conta que achou muito interessante a iniciativa de desenvolver um dardo com materiais reutilizáveis “Insumos que muitas vezes são descartados pelas pessoas, para mim se tornaram um dardo. Procurei fazê-lo o mais próximo dos padrões olímpicos possível. Assim, muitos estudantes vão ver que, no dia a dia, materiais que são descartadas podem ser reutilizadas não só no atletismo, mas em outras áreas também” acredita Fabiano.

O coordenador do curso de Educação Física, Leandro Hermisdorff, ressalta a importância da prática sustentável na formação desses alunos: “já estamos pensando nas habilidades e competências profissionais que o aluno precisa desenvolver para o mercado de trabalho. Dessa forma, quando ele estiver formado, conseguirá levar esses princípios de sustentabilidade, pensando em melhorias tanto no ambiente quanto em ações sociais que ele pode vir a participar.” Essa opinião também é compartilhada pelo professor Emerson, para quem um tema tão importante como esse não pode ficar de fora dos currículos dos futuros profissionais: “toda área de atuação tem que se preocupar com sustentabilidade.”

Colaboração aluna Isabella Cesso do 8 período da Faculdade de Comunicação Social do Centro Universitário Estácio de Sá de Juiz de Fora

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