Matheus Brum Matheus Brum 19/07/2016

E se?

O imaginário do futebol é bem vasto. Após cada partida, imprensa e torcedores ficam analisando cada lance, discutindo como as jogadas influenciaram no jogo, e finalmente, como aquele gol inacreditável ou aquela falha do juiz fez a diferença no resultado da partida. É aí que nasce o famoso “e se”.

Trazendo esse conceito para o Tupi, que amarga a vice-lanterna da Série B, vemos que se aplica com clareza. Afinal, não é muito difícil perceber entre os torcedores, seja no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio ou nas redes sociais, que alguns lances não saem de seus imaginários.

Por isso, o “Papo Reto” de hoje traz o “E se” do Tupi. Você sabe como estaria a campanha do Galo Carijó caso não tivesse tomado tantos gols no final das partidas? Sabe quantos pontos foram perdidos por causa da má pontaria? É isso que veremos agora.

Partida Rodada “e se” “Placar Moral”
Tupi 0 vs 1 Goiás E se a zaga do Tupi não tivesse falhado e Cléo não tivesse marcado aos 41 minutos do 2º tempo? Tupi 0 vs 0 Goiás
Tupi 1 vs 2 JEC E se Murilo não tivesse marcado aos 48 minutos do 2º tempo? Tupi 1 vs 1 JEC
Tupi 0 vs 1 Oeste E se Giancarlo e Rodolfo Mol não tivessem perdido gols na pequena área? Tupi 2 vs 1 Oeste
Tupi 0 vs 0 Luverdense E se Sacilotto não tivesse perdido um gol na pequena área, com goleiro vendido? Tupi 1 vs 0 Luverdense
Criciúma 2 vs 2 Tupi 10ª E se a zaga do Tupi não tivesse cochilado, e Jheimy não tivesse empatado aos 48 do 2º tempo? Criciúma 1 vs 2 Tupi
Tupi 1 vs 1 Avaí 12ª E se a bola de Jonathan tivesse entrado, ou invés de bater na trave, no último lance da partida? Tupi 2 vs 1 Avaí

Ao longo dessas 16 rodadas de competição, o Tupi mostrou que não está tão abaixo das outras equipes. Foram poucas partidas nas quais foi dominado pelo adversário. A maioria delas foi feita fora de casa, nas derrotas para Bragantino (2 a 1), Sampaio Corrêa (3 a 1) e CRB (3 a 0).

Em casa, o time tem conseguido se impor ao adversário em vários momentos, tanto que conseguiu vitórias importantes contra equipes tradicionais que estão na parte de cima da tabela (Bahia e Ceará, ambas por 2 a 1).

Pensar no “e se” não é apenas cogitar um resultado positivo, é pensar na forma como os jogadores se comportam em campo. Através dessa análise, podemos perceber que falta preparo psicológico e técnico aos atletas. Tomar gols sucessivos nos minutos finais da partida mostra que a equipe não mantém capacidade de concentração ao longo dos 90 minutos.

Em contrapartida, as várias finalizações erradas, em momentos chave do jogo, mostram problemas técnicos e psicológicos. Falta a calma para fazer a melhor escolha, mas também falta a capacidade técnica para definir melhor o lance.

Nas seis partidas citadas acima, o alvinegro somou apenas 3 pontos. Caso os “e se” fossem reais, o Carijó teria somado 14 pontos, 11 a mais do que foi conquistado. Nesse cenário, a equipe estaria com 23 pontos e ocuparia a 9ª colocação, com a mesma pontuação do Brasil de Pelotas.

Mesmo nesse cenário difícil, com uma posição ruim na tabela e falta de bons resultados, fica a pergunta: o time do Tupi é tão fraco para estar nessa posição da Série B? Falta sorte ao Galo? Ou a falta de qualidade técnica, aliada ao azar, coloca a equipe nessa situação?

Fico com a terceira opção! E você?


Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.

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