Mudança de mentalidade no Tupi

Matheus Brum Matheus Brum 20/10/2017

Nesta quinta-feira, 19 de outubro, o Tupi anunciou oficialmente que o técnico Ailton Ferraz não permanece no clube em 2018. Assim, finda-se mais de duas semanas de especulações sobre uma possível permanência o agora ex-treinador para a próxima temporada.

Todos (as), jornalistas e torcedores (as), sabíamos que era difícil a renovação de contrato. A visibilidade do trabalho de Ailton foi muito grande. Ele inclusive anunciou que recebeu propostas enquanto dirigia o Galo Carijó. Em algumas entrevistas havia deixado o desejo de ir para centros maiores, para equipes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Enfim, faz parte. Boa sorte ao profissional que vai deixar saudades em Santa Terezinha.

Agora que a “novela” acabou, podemos partir para a montagem do elenco para 2018. E uma situação tem me chamado atenção, positivamente: a vontade da continuidade do trabalho.

Pela primeira vez (pelo menos que eu acompanho o Tupi), a diretoria tem tentado manter, com afinco, os principais jogadores. A permanência do homem forte do futebol carijó, Nicanor Pires, mostrou esta tendência pelo planejamento a médio/longo prazo. Algo importantíssimo no futebol atual.

É difícil, atualmente, um clube com técnicas administrativas amadoras, conseguir prosperar. Todos e todas sabem as diversas críticas que tenho a algumas atitudes da atual diretoria alvinegra. No entanto, tenho que bater palmas pela vontade de continuar com um projeto que se mostrou vencedor. Vale lembrar que o acesso não foi conquistado por conta de erros claros de arbitragem. Dentro de campo, o Tupi foi merecedor.

Esta mudança de paradigma pode trazer bons frutos ao clube. É claro que é difícil manter todos os atletas. Muitos querem alçar voos maiores e conseguir salários “mais gordos”. Sabemos que o Tupi não consegue igualar propostas de clubes de São Paulo, do Nordeste, etc. Porém, temos um trunfo: o calendário anual, já que vamos disputar Campeonato Mineiro e Série C.

Como disse ao final do estadual deste ano, o “Fantasma do Mineirão” tem “obrigação” de não brigar para cair. É o quarto clube com mais participações seguidas no estadual. Por isso, é hora de pensar em conquistas maiores, para poder voltar a disputar uma Copa do Brasil, que não acontece desde 2015, e, quem sabe, uma classificação às semifinais do Mineiro.

Pensar em um elenco para toda a temporada é o caminho. O primeiro passo foi dado. Fico na expectativa dos próximos.


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