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:::11/08/2006
Acho que passa um pouco pela atual e t?o discutida falta de refer?ncia
pessoal, esta busca louca por realiza??o sexual, seja de que forma
for.
Garotas e garotos de programa est?o faturando alto nestes dias em que at? observa??o de cego est? valendo para fomentar o consumismo das pessoas que ainda n?o descobriram sua identidade e que vivem vagando em busca de elogios t?o superficiais quanto elas mesmas.
Ah, mas o mundo sempre foi assim... ? verdade! Mas hoje parece que est? mais, n?o ? mesmo? Talvez seja culpa da globaliza??o e desta abertura dos meios de comunica??o. A internet, o celular... Hoje se sabe mais sobre estas coisas, se v? mais. Na verdade, os vaidosos de plant?o sempre existiram.
As pessoas est?o vivendo para ter e para consumir objetos de desejo desenfreadamente todos os dias, em busca de estabelecer uma imagem que reflita um poder que, na realidade, elas n?o t?m. Estas mesmas pessoas buscam no sexo eventual, a aferi??o do seu poder de sedu??o e a constata??o do quanto valem os investimentos que fizeram nos seus corpos com as horas dedicadas a procedimentos de beleza e com as fortunas desembolsadas com a aquisi??o de bens de consumo como roupas, j?ias e carros que elas pensam, as fazem parecer mais atraentes e poderosas.
N?o ? nada disso que importa, gente! Sexo ? muito mais do que isso. Sexo ? oportunidade divina de comunh?o entre dois seres. N?o importa a performance, n?o importa a forma f?sica, n?o importa os apetrechos e fantasias e nem mesmo o cl?max em si, se entre os participantes deste encontro n?o houver uma proposta maior.
"Querer aprender umas tantas "t?cnicas" ex?ticas de excita??o e querer manter o momento sexual isolado de tudo o mais n?o leva a nada - ou leva ao de sempre. Querer achar - como o querem os que escrevem para revistas de encontros sexuais - uma companhia para sexo "sem compromissos", corresponde a cortar os genitais e manda-los pelo Correio - um para o outro. ? isolar a pessoa do ato - t?cnica prim?ria de Aliena??o". Diz o psiquiatra e escritor Jos? ?ngelo Gaiarsa em seu livro, A fam?lia de que se fala e a fam?lia de que se sofre - o livro negro da fam?lia do amor e do sexo. Ed. Agora.
O sexo mec?nico e sem envolvimento que muitos julgam prazeroso, sobretudo porque n?o causa depend?ncia e nem aborrecimentos, nada mais ? que uma luta incans?vel por manter-se em um estado constante de aliena??o que termina por obrigar quem o pratica a procurar continuamente por novos parceiros e em todas as vezes a praticar tudo igual como se fosse a primeira vez, e ? na verdade. Pode at? ser gostoso e, na maioria das vezes, ?, mas fica faltando alguma coisa. Sorvete tamb?m ? uma delicia, no entanto acaba muito r?pido e n?o deixa lembran?a alguma, depois de alguns voc? enjoa e passa a preferir comer tortas e doces.
No sexo onde exista, no m?nimo, atra??o f?sica cultivada, por exemplo, no sexo entre amantes, mesmo que com a proposta de nunca haver entre os dois um compromisso, cabe a possibilidade de se desenvolver ali um interesse m?tuo de felicidade atrav?s do prazer.
No sexo onde o amor acontece e os parceiros n?o temem os aborrecimentos que certamente surgem com o compromisso, a entrega dos dois possibilita uma enorme troca de energias e o sentimento faz com que o prazer se estenda al?m do corpo. Neste caso, n?o existem olhos para as roupas que vestiam, para as gordurinhas fora do lugar, para as ruguinhas que o tempo deixou ou para alguma defici?ncia f?sica. Acreditem, o tes?o ? cada vez maior, e cada dia queremos mais com aquela pessoa.
Ningu?m ali se lembra se o outro tem j?ias no cofre de um banco ou qual ? o carro que deixou na garagem. O poder est? em fazer-se feliz e em fazer feliz o outro. O poder est? em sair daquele momento com uma sensa??o indescrit?vel de plenitude. O poder est? em andar leve e sorridente at? que um pr?ximo encontro aconte?a. Est? em esperar ansiosamente por um novo encontro. O poder est? na seguran?a de que o outro o deseja e que deseja al?m de tudo, cada dia mais, a sua companhia.
Havendo const?ncia nos encontros amorosos, o casal estar? sempre em busca de novos prazeres. Novas car?cias, descobertas de pontos er?genos um do outro, novas e mais adequadas posi?es para os seus corpos. A intimidade, que n?o acontece nos encontros fortuitos, possibilita ao casal que se ama uma continuidade no interesse de agradar-se mutuamente. E assim, n?o sendo dois estranhos, ser?o capazes de inovar sempre, por mais que se acredite no contrario. A rotina, normalmente, acontece entre estranhos. Entre estranhos que vivem na mesma casa!
"Nada que seja feito do mesmo modo - sempre do mesmo modo - conserva os n?veis iniciais de interesse, consci?ncia e prazer. A alma da vida, do crescimento e do prazer ? a VARIA??O - toda cria??o e crescimento s?o varia?es. O mal est? na const?ncia." Diz ainda o Gaiarsa no mesmo livro.
A varia??o n?o precisa necessariamente ser de pessoas! E const?ncia, neste caso, ? a de atitudes mec?nicas presentes no sexo feito por obriga??o s,? porque dois estranhos insistem em viver juntos. Muitas vezes, sexo entre marido e mulher, tamb?m ? "sexo por sexo". Quando acaba, fica uma sensa??o horr?vel de vazio, ningu?m entende por que ? que ainda est? ali...
Sendo assim, minha mensagem, dessa vez, ? que voc? busque no sexo algo muito maior que auto afirma??o. Que voc? busque no sexo, nesta fonte inesgot?vel de sa?de, a sua PAZ.
Muito amor, muito sexo, muita paz!
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Jussara Hadadd ?
terapeuta hol?stica,
especializada em sexualidade
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