Roberto Monti Roberto Monti 6/7/2009

Inove para se manter no mercado

 

Com a facilidade de conectarem-se de diversas formas com suas ideias, reclamações, desejos e ansiedades, você pode aproveitar as sugestões de Clientes e fornecedores, criando ou aperfeiçoando seus produtos e serviços. Um exemplo marcante de produto colaborativo é o Linux, software operacional de fonte aberta que é melhorado continuamente por uma rede de programadores espalhada pelo mundo. Outros exemplos existem com a mescla do mundo eletrônico “e-world” com o mundo real de fábrica “dirt world”.

Nestes tempos de economia turbulenta, executivos se veem à frente de um dilema: continuar reforçando seu setor de inovação ou realocar recursos para outras áreas da companhia? Afinal de contas, a inovação é um problema para a organização ou ela pode se tornar a força que salvará a companhia? A inovação no modelo de negócios é, ao mesmo tempo, bastante desejada e muito mal compreendida por líderes ao redor do mundo.

Até mesmo a General Motors usou o modelo da Apple, oferecendo upgrades gratuitos ou de baixo custo (por exemplo, faróis de halogênio) a seus consumidores. É uma forma de se conectar com eles e mantê-los a par do surgimento de novos opcionais, o que gera também benefícios para os revendedores e, claro, para o próprio fabricante. A Saturn refinou seu modelo "sem barganha" e a Hyundai levou as garantias a um outro nível ao assegurar o financiamento em caso de perda de emprego. Em outros segmentos da indústria automotiva, a Enterprise reinventou as regras do mercado de locação ao se alinhar com mecânicas e seguradoras (em lugar de companhias aéreas) e se ancorou-se em locações menos centrais e de custo mais baixo para assumir a liderança entre seus concorrentes.

A inovação pode ser vista de várias formas, ou esquecemos que foram inventadas as máquinas a vapor, o computador, a xerox, o telefone celular, o raio laser e muitas outras coisas que surgiram pela necessidade do ser humano. Produtos inovadores proporcionam vantagem no mercado, pois cada produto que lançamos é novo e revolucionário. Podemos definir que a inovação em marketing é a introdução de mudanças na forma de produzir, manipular produtos ou de oferecer serviços ao cliente, logo, a inovação é, como muito bem ressalta o Prof. Francisco Gracioso – “a essência de marketing”. O que muda é a frequência e a rapidez com que as inovações acontecem, necessitando atender às necessidades dos Clientes. Ao formularmos estratégias inovadoras de marketing, devemos ter em mente as seguintes questões básicas:

  • A quem vamos servir; qual é o segmento escolhido?
  • Como vamos atender a este segmento de mercado?
  • Que inovação leva à vantagem de qualidade?
  • O que leva à vantagem de produtividade e de custos?

Uma coisa é certa: as oportunidades estão no mercado. Inovar é também servir, ou seja, adequar o composto mercadológico de nossa empresa. A solução do problema que desejamos resolver é que muitas vezes nos dará a diferenciação competitiva.

Executivo/Empresário: saiba adequar a sua empresa para manter a sua competitividade e sobrevivência no mercado.


Roberto Monti é consultor de Marketing.
Co-autor do livro (IN)Fidelidade , Uma Questão de Qualidade
Clientes Sonham, Empresas Concretizam.
Editora Virgo - São Paulo, 09/2000