Paulinho Jones
Cantor, saxofonista e guitarrista fala de seu
show 'Tributo a Cazuza' e dos planos para carreira de músico
Colaboração:
*Renata Cristina
17/03/2005
"Desde que me entendo por gente, sou músico". Quando o assunto é sua
carreira é assim que define Paulinho
Jones. O jovem vocalista, estudante do 4º período de Direito da UFJF, vem fazendo
sucesso em Juiz de Fora, após lançar o show Tributo a Cazuza. Ele
confessa que se sente surpreso com
o retorno do público. "Os shows estão ficando lotados e a galera participa,
curte", comenta.
Apesar de Jones tocar na noite juizforana há apenas um ano, sua história com a música começou bem cedo, quando ele tinha, mais ou menos, cinco anos. As influências, que segundo Paulinho não foram diretas, vêm da mãe, que toca violão, e do tio, que é maestro. Já de início, ele escolheu um instrumento bem exótico e sofisticado para um menino: o saxofone.
Com a idade, o sonho de ser músico foi crescendo e Paulinho recorda que ficava horas e horas se dedicando ao ofício. "Enquanto o pessoal estava indo jogar bola, eu ia ensaiar, montar banda. Sempre tive uma bandinha, uma apresentação para montar. Acho que está no sangue", declara. Seu instrumento preferido? A garganta. Seu grande objetivo sempre foi cantar. "Queria ser vocalista de uma banda de rock", diz.
Cazuza
Para um futuro advogado
fica difícil imaginar a interpretação de um ícone do rock nacional dos anos
80. Por isso, quando Paulinho voltou a ativa, fazendo shows em bares e casas noturnas,
surgiu a idéia de montar um tributo a Cazuza.
"Já tinha lido Só as mães são felizes, escrito por Lucinha Araújo e com o lançamento do filme, Cazuza - O tempo não pára, vi o "boom" causado em torno do artista. Daí, passei a pesquisar sobre a década de 80, li críticas da música da época e comecei a montar o show", diz.
Jones fez uma coletânea dos maiores sucessos de Cazuza e deu uma roupagem própria, através de novos arranjos. Quem confere suas apresentações, pode matar as saudades de hits como Exagerado, Ideologia, Pro dia nascer feliz, Bete Balanço, Maior Abandonado e Faz parte do meu show.
Rock eclético
A banda que acompanha Paulinho Jones (sax, voz e percussão) é formada por
Marcelinho Carrara (violão, piano, escaleta), Fofão (percussão, gaita,
flauta), Charles (violão, guitarra), Daniel (contra-baixo) e Davi (bateria).
O grupo procura adaptar o repertório e os arranjos musicais de acordo com o
lugar que vão se apresentar. "No caso da UFJF, fizemos um show mais
dançante, pra levantar a galera. Quando tocamos em um bar, passamos para a
versão acústica".
Paulinho se considera em uma fase eclética e garante que gosta de tocar de tudo um pouco. Nesse "tudo", ele aplica samba, bossa nova, blues, MPB e pop rock. UFA! Como um bom geminiano, se justifica: "Tenho necessidade de uma vida dupla. Gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Preciso de uma vida formal, como é a do Direito, e também de soltar meus demônios, extravasar, como acontece com a música".
Estrada pela frente
"Quero dar um passo de cada vez", afirma modestamente. Por enquanto, os
planos de Paulinho e Banda são de continuar com o show "Tributo a Cazuza",
montar um repertório alternativo para "variar de vez em quando" e tocar,
tocar e tocar em Juiz de Fora.
"Tenho projetos de fazer novos tributos, pode ser do Chico Buarque, da Tropicália, mas ainda não está nada certo". Enquanto isso, a galera pode curtir seus shows, conferindo a programação na agenda ACESSA.com.
*Renata Cristina é estudante do 8º período da Faculdade de Comunicação da UFJF