Felicidade contagia Uma pessoa feliz ? capaz de atrair situa?es boas e tamb?m de transformar o ambiente em que est?, deixando-o mais leve, afirma especialista

Daniele Gruppi
Rep?rter
05/12/2008
Foto de personagens rindo

Felicidade contagia? Uma pesquisa publicado na revista cient?fica British Medical Journal aponta que a felicidade de uma pessoa n?o ? s? uma escolha ou experi?ncia individual, mas que est? ligada "? felicidade dos indiv?duos aos quais a pessoa est? conectada, direta ou indiretamente".

Os pesquisadores Nicholas Christakis, da Escola de Medicina de Harvard, e James Fowler, da Universidade da Calif?rnia, mediram como as redes sociais est?o relacionadas com a sensa??o de felicidade de uma pessoa. O estudo revela que a felicidade de uma pessoa pode "contagiar" aqueles com quem ela se relaciona.

Segundo a psic?loga Luciana Cetrim (foto abaixo) uma pessoa feliz ? capaz de atrair situa?es boas e tamb?m de transformar o ambiente em que est?, deixando-o mais leve e bem-humorado. Ela afirma que a tristeza tamb?m influencia. "Se voc? est? num ambiente negativo e que a pessoa s? reclama, voc? come?a a ficar inquieta."

Luciana explica que a felicidade ? um estado de esp?rito quase permanente e que difere da alegria. "Ficamos alegre quando passamos numa prova importante, quando compramos um carro ou ganhamos uma grana extra. Mas, isso n?o preenche o ser humano. A felicidade est? ligada ? amizade, aos sentimentos e ? espiritualidade independe de obst?culos, perdas ou ganhos."

Foto de Luciana Cetrim Existem pessoas que t?m pr? disposi??o para a melancolia e outras para serem mais extrovertidas. Mas, n?o se nasce feliz ou infeliz. Para a psic?loga ? preciso treinamento e mudan?as de posturas para alcan?ar a felicidade. "Pode-se conquist?-la atrav?s dos amigos, da conviv?ncia com pessoas positivas e de uma cren?a independente de religi?o.

Para a psic?loga Patr?cia Fontana, a felicidade ? transit?ria e n?o h? uma regra de ouro que se aplique. "Ela ?, essencialmente, subjetiva, e cada um tem que descobrir a seu modo o que o deixa feliz. N?o h? como falarmos pelo sujeito, n?o h? como ?receitar? para o outro algo que ? meu. Cada sujeito tem que se entender com seu desejo e com sua (in)satisfa??o".

Patr?cia afirma que uma das exig?ncias da atualidade ? que as pessoas sejam felizes. "No mundo moderno, ? inadmiss?vel que o sujeito fique triste, que se inquiete diante de suas quest?es, de quest?es que a vida lhe imp?e."

Ela afirma que a busca pela t?o sonhada felicidade faz com que se invista maci?amente em meios de tentar obt?-la."Em diversas circunst?ncias, profissionais s?o convocados a fornecerem a receita da felicidade, como se ela fosse algo permanente. Pesquisa-se, estuda-se, escreve-se, inventa-se de todas as formas meios de tornar-se feliz, na v? tentativa de escamotear uma falta que ? estrutural, inerente ? condi??o de humano".

O jornalista Guilherme Schroder acredita que felicidade e tristeza contagiam. "Acredito na troca de energias, sejam elas positivas ou negativas. Procuro estar perto de pessoas positivas, espirituosas, alegres para ter essa troca boa."

A atendente Brenda Santos afirma que no ambiente de trabalho percebe que as pessoas est?o concentradas nas tarefas e que se esquecem de cumprimentar os colegas. "De manh? ? sagrado eu dar um bom dia a todos com um grande sorriso, as pessoas correspondem e o ambiente fica mais leve. Todos deveriam experimentar sorrir, ? a melhor terapia."