Estradas vicinais de Rio Preto estão interditadas por risco na barragem após chuvas
Três pontos de passagem nas estrada vicinais Quitote, Campo do Lico e no entroncamento com Furtado, no município de Rio Preto (MG), que fica a 83 quilômetros de Juiz de Fora, estão interditadas. As áreas são consideradas de risco já que no último sábado, 16 de março, a Vale acionou ações emergenciais devido a possibilidade de rompimento da barragem da Usina Hidrelétrica (PCH) Mello, da cidade.
Ainda na Rodovia MG-353, próximo ao Ribeirão Santanna, o fluxo de veículos está sendo coordenado no esquema siga e pare.
A Prefeitura Municipal de Rio Preto informou que, através da Coordenação da Defesa Civil do município, vem acompanhando as ações emergenciais realizadas pela mineradora Vale na hidrelétrica. Em um primeiro momento, foram retiradas 29 pessoas de dez propriedades rurais que encontram-se na chamada Zona de Auto Salvamento (ZAS), sendo que todas elas foram realocadas em casas próprias ou de parentes na cidade de Rio Preto.
A Vale disse, em comunicado oficial, que acionou o "nível 2 do plano de emergência da hidrelétrica preventivamente devido à elevação do nível de água no seu reservatório, antes que atingisse o limite estabelecido pelas normas de engenharia". A elevação do nível de água foi causada pelas chuvas intensas na região de sexta, 15, para sábado, 16. A barragem encontra-se estável e não há previsão de retirada do alerta.
No domingo, 17, dando prosseguimento às ações emergenciais, foi colocado em prática o Plano de Ação de Resgate de Fauna, que prevê o deslocamento de animais que se encontram em zonas de risco para áreas de segurança. A empresa informou que dará continuidade ao tratamento e alimentação destes animais. Além disso, a presença de pessoas na ZAS está restrita, e o acesso para o trato de animais tem ocorrido em regime de contingência, conforme procedimento definido pelo grupo formado por proprietários, Defesa Civil Municipal, Defesa Civil Estadual e Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
De acordo com a Vale, desde novembro do ano passado, a barragem passa por obras visando o incremento dos fatores de segurança, e estava em estado de alerta até que a obra fosse concluída. Assim, a mineradora "estabeleceu um protocolo para o acionamento do nível de emergência de forma que houvesse tempo hábil de acionamento do plano de emergência para a zona de autossalvamento (ZAS)".
Toda a operação das ações emergenciais estão sendo coordenada em parceria com a Defesa Civil Estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vale e Defesa Civil Municipal.
Prejuízos
Segundo Maria Flor, proprietária de uma pousada da região, a situação é constante. "A pousada vai fazer 16 anos e nunca tivemos uma estrada em boa condição. Quando começa o período de chuva, temos dificuldade de locomoção e de hospedar nossos clientes. Dos 15 hóspedes agendados para este final de semana, só recebemos dois, o que causa um problema. Com essa situação, acabamos sendo obrigados a remarcar a estadia, pois compreendemos que fica inviável o trajeto", diz.
Além disso, Maria Flor conta que os donos das pousadas de Rio Preto estão sempre se unindo em prol do turistas que passam pela região. "Como a estrada é ruim, geralmente algum carro fica agarrado, então estamos sempre dispostos a ajudar."
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