Terça-feira, 14 de janeiro de 2020, atualizada às 14h, atualizada às 18h44

Prefeitura investiga suspeita de 2ª morte por contaminação de cerveja

Da redação

Nesta terça-feira, 14 de janeiro, a Secretaria de Saúde de Pompéu (MG), a cerca de 170 quilômetros de Belo Horizonte, informou que uma mulher internada em um hospital da cidade com sintomas da síndrome neufroneural – que a Polícia Civil atribui ao consumo da cerveja pilsen Belorizontina, da Backer –, morreu no dia 28 dezembro.

A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou boletim atualizado nesta terça, 14, que confirma notificação de 17 casos suspeitos de intoxicação exógena por Dietilenoglicol, desses, 16 são do sexo masculino e 1 feminino. Quatro casos foram confirmados (um caso evoluiu para óbito) e os 13 restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais e sintomas com relato de exposição. A distribuição geográfica dos 17 casos notificados, segundo município de residência, é a seguinte: 12 casos em Belo Horizonte e os demais 5 casos contabilizam registros em Ubá, Viçosa, São Lourenço, Nova Lima e São João Del Rei. O segundo óbito suspeito não foi citado no comunicado.

Ministério determina recolhimento de todas as cervejas da Backer

A secretaria municipal trata o caso como mais uma ocorrência de intoxicação de consumidores da cerveja pela substância tóxica o dietilenoglicol, utilizada em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes. A substância já foi encontrada em três lotes da cerveja Belorizontina.

Em nota, a secretaria municipal afirma que a mulher, cujo nome não foi divulgado, esteve em Belo Horizonte entre os dias 15 e 21 de dezembro. Segundo parentes da vítima, ela teria consumido a cerveja Belorizontina, da Backer, durante este período.

Se confirmado que a morte está associada à ingestão da cerveja, este será o segundo óbito decorrente da intoxicação pela bebida. Além disso, trata-se da segunda mulher a apresentar os sintomas da síndrome nefroneural – insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que leva a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas que podem provocar paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.

Consultada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais afirma que ainda não foi oficialmente notificada da ocorrência. Por isso, segue contabilizando apenas uma morte entre os 17 casos de internação já notificados. A Secretaria de Saúde de Pompéu afirma que já notificou o caso ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-MG).