NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (28) novo corte no preço da gasolina, desta vez de 3,9%. É a segunda redução de preços na gestão Caio Paes de Andrade, que assumiu a empresa no fim de junho.
A partir desta sexta (29), o litro de gasolina vendido pelas refinarias da estatal custará, em média, R$ 3,71 por litro, uma redução de R$ 0,15 por litro. A redução anterior, anunciada no dia 19, havia sido de 4,9%.
A Petrobras estima que o repasse do novo corte às bombas seja de R$ 0,11 por litro, já que o produto final recebe 73% de gasolina e 23% de etanol.
"Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina", disse a empresa, em comunicado.
"E é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", completou.
Com os dois cortes, o preço da gasolina nas refinarias da estatal acumula queda de 8,6% desde o início da gestão de Paes de Andrade, que assumiu a empresa com a missão de evitar novos aumentos durante o período eleitoral.
Seu trabalho tem sido facilitado pela queda nas cotações internacionais do petróleo, diante de temores de recessão mundial.
Segundo estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava R$ 0,07 por litro acima das cotações internacionais na abertura do mercado desta quinta.
O mercado, porém, tem apresentrado grande volatilidade: na terça (26), as refinarias brasileiras vendiam o produto com defasagem de R$ 0,07 por litro em relação à paridade de importação.
O consumidor já vem sendo beneficiado pelos cortes nos impostos federais e estaduais sobre o combustível, aprovados em lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de junho.
Desde então, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu 20,3%, para R$ 5,89 por litro, o menor patamar desde abril de 2021, em valores corrigidos pela inflação.
Já o preço do diesel, que já não tinha incidência de impostos federais e tinha alíquotas menores de ICMS, foi menos afetado pelas medidas aprovadas pelo Congresso, com queda de apenas 1,2% nas bombas após os cortes de impostos estaduais.
O produto não terá seu preço alterado nas refinarias e está R$ 0,10 por litro mais caro nas refinarias brasileiras, segundo os dados da Abicom.
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