Cal Coimbra Cal Coimbra 20/7/2009

Os efeitos nocivos do ruído

Volta e meia ficamos diante de reportagens, sejam via internet, TV, jornal impresso ou mesmo em conversas informais entre trabalhadores interessados ou afetados pelos efeitos do ruído. Nocivos, podem provocar danos dos mais leves até irreversíveis às orelhas de pessoas expostas frequentemente a ambientes ruidosos.

O ruído é um agente agressor à saúde e significa uma propagação irregular do som, popularmente definido como um som desagradável que discriminamos pela orelha.    
Nossa orelha pode suportar ruídos com intensidades de até 80 decibeis (dB). A orelha interna é a parte mais afetada por eles, por ser responsável pela produção da sensação sonora. Apenas uma curiosidade, Decibel é uma medida acústica do Bell, que apresenta este termo graças a Gran Bell, o inventor do telefone.  

Pois bem, nos casos mais graves, pessoas susceptíveis com exposições contínuas por períodos diários de 6 a 8 horas a ruídos de intensidade igual ou superior a 85 dB podem sofrer lesão importante no aparelho auditivo. Os profissionais e estudiosos do assunto denominam este processo de Perda Auditiva Induzida por Ruído, de sigla conhecida por PAIR.

Quais os sintomas que a pessoa geralmente apresenta nesta situação?

Vários são os sintomas e importantes para a perda de qualidade de vida: Tontura, perda progressiva da inteligibilidade da fala, dor de cabeça, intolerância a sons intensos, zumbidos, dificuldade para localizar fontes sonoras, sensação irritabilidade física e mental, insônia, problemas gastrointestinais, chegando mesmo a possibilidade de problemas cardíacos.

Importante lembrar a associação que podemos fazer do ruído ambiental com a incidência de alterações vocais, as disfonias comportamentais. Na verdade, a situação se mistura: quanto mais ruído, mais esforço vocal e maiores os riscos de alterações auditivas. O aumento progressivo dessas complicações pode levar ao estresse.

Procurar estar em boas condições física e mental é importante para qualificar nossa vida, tanto pessoal quanto profissional. Neste último caso, os que precisam trabalhar em empresas cujas condições de trabalho favorecem o ruído.

Especificamente nos casos que envolvem os problemas ocupacionais, hoje em dia algumas medidas estão sendo tomadas no sentido de favorecer melhores condições ocupacionais ao trabalhador.

No caso específico do ruído, tem-se oferecido às empresas a implantação do Programa de Conservação Auditiva, com o objetivo de eliminar os agentes de risco, agressores à saúde.


Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia
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