Quarta-feira, 9 de setembro de 2020, atualizada às 9h10

Mitos sobre o comportamento suicida - parte 2

Da redação*

Dando sequência aos mitos sobre o comportamento suicida, nesta nota listamos mais quatro aspectos que contribuem para a formação e perpetuação do estigma em torno da doença mental. Confira abaixo:

4. Se uma pessoa deprimida e com ideação suicida passa a se sentir melhor, significa que o problema já passou

Se uma pessoa com ideação suicida passa a, de repente, sentir-se tranquilo e aliviado, preste atenção. O paciente pode sentir-se "melhor" ou aliviado apenas por ter tomado a decisão de suicidar.

5. Demonstrar sinais de melhora ou sobreviver a tentativa de suicídio é estar fora de perigo

Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital. Na semana que se segue, o paciente está particularmente fragilizado. Além disso, tentativa prévia de suicídio é um fator indiscutível para nova tentativa, o que caracteriza alto risco.

6. Não devemos falar sobre suicídio, isso aumenta o risco

Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Pelo contrário, compartilhar sentimentos e pensamentos sobre o assunto pode aliviar a tensão e angústia que esses pensamentos trazem. Deve-se ter cuidado, no entanto, de procurar ajuda especializada com psiquiatras ou psicólogos para que seja identificado o comportamento e, então, iniciado o tratamento.

7. A mídia não pode falar sobre suicídio.

Meios de comunicação e mídia em geral tem a obrigação social de falar sobre tema tão importante de saúde pública. Entretanto, é preciso abordar corretamente o assunto, fornecendo informações à população sobre o problema e onde buscar ajuda.

A ABP possui uma cartilha específica para profissionais da imprensa, que pode ser acessada aqui.  Fonte: Suicídio - informando para prevenir. ABP/CFM. 2014.

*Associação Brasileira de Psiquiatria

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