A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vai determinar, nos próximos dias, a suspensão de cirurgias eletivas não essenciais em todo o estado. A decisão não se aplica ao paciente cardíaco ou oncológico de maior gravidade. A medida, válida por 15 dias, é uma ação preventiva para evitar o esgotamento da rede pública de assistência. Na última semana, Minas registrou aumento de 3,2% no número de casos e 4,1% nos óbitos pela covid-19.
O anúncio foi feito durante a reunião do Comitê Extraordinário Covid-19 nesta terça-feira, 16, e será válida para as redes pública e privada (contratada e conveniada com o Sistema Único de Saúde - SUS). A determinação ampliará para todos os municípios mineiros a resolução da SES publicada no último sábado (13/2), que suspendia as cirurgias não eletivas em sete macrorregiões do estado.
“A medida tem como objetivo minimizar a sobrecarga no sistema de saúde para o atendimento de pacientes com covid-19. A ação também vai permitir que a secretaria tenha mobilidade no planejamento estratégico de readequação e redistribuição de pacientes, equipes médicas e equipamentos para regiões em que a incidência da doença está maior”, afirmou o chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho.
Minas Consciente
Durante a reunião do Comitê Extraordinário Covid-19 foi determinado ainda que a macrorregião Sul progredisse para a onda amarela do plano Minas Consciente, criado para auxiliar a retomada da economia de forma gradual e segura. Com isso, ela se junta às regiões Oeste, Centro-Sul, Sudeste, Vale do Aço, Leste e Norte, que permanecem na onda amarela.
Já as regiões Triângulo do Norte, Triângulo do Sul, Centro, Jequitinhonha, Nordeste e Leste do Sul continuam na onda vermelha, a mais restritiva do plano. Nenhuma das macrorregiões de saúde se encontra atualmente na onda verde, a mais flexível.
Nesta terceira fase do Minas Consciente, todas as atividades ficam permitidas em todas as ondas, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas.
Até esta terça-feira, 665 municípios já haviam aderido ao plano, o que representa 78% do estado. Ao todo, 12,4 milhões de mineiros foram contemplados pelas medidas.
O Comitê Extraordinário Covid-19, grupo criado especialmente para monitorar a situação da pandemia no estado e presidido pelo secretário de Saúde, conta com o governador Romeu Zema, todo o secretariado do Executivo mineiro, representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do Estado, entre outros órgãos estratégicos.
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