A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou nesta quinta-feira (7) já são 12 o total de casos confirmados por exames laboratoriais de varíola dos macacos em Minas Gerais. Noves estão em Belo Horizonte, dois são de Sete Lagoas e um caso em Governador Valadares. Todos são do sexo masculino, com idade entre 23 e 46 anos. Os pacientes estão clinicamente estáveis e em isolamento.

Segundo a SES-MG, dos 12 casos confirmados, dois retornaram de viagem ao exterior e nove retornaram de viagens recentes ao município de São Paulo. Um paciente contraiu o vírus por contato com um dos casos que se deslocou para São Paulo. A fonte provável de contaminação dos 12 casos foi por contato íntimo.

Já foram notificados no sistema Redcap do Ministério da Saúde 34 casos suspeitos de Monkeypox no estado. Desses, 11 seguem em investigação - em Almenara (1), Papagaios (1), Belo Horizonte (7) e Betim (2) e 11 foram descartados.

Como acontece a contaminação

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximas e por tempo prolongado.

Prevenção e Sintomas

Para prevenir a infecção, a recomendação é de evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente; e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou álcool gel.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central - com taxa de fatalidade de cerca de 10% –e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.

Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para sepse e morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias ou levar ao óbito.

Além disso, como toda doença viral aguda, a depender do estado imunológico do paciente e das condições e acesso à assistência médica adequada, alguns casos podem levar à morte.

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