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Bigode

Andréa Moreira
Repórter
4/08/2012

A Alemanha é um país com 350.000 quilômetros quadrados e com uma população superior a 80 milhões de habitantes. País conhecido pelas cervejas e comidas temperadas e também pelo clima frio, atrai a cada ano mais turistas brasileiros. Entre eles está o assistente do Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed) da Universidade Federal de Juiz de Fora, Orlando Lyra de Carvalho Júnior. Morando no país a cerca de seis meses, Carvalhofaz um curso de PhD em Política Comparada na Otto-Friedrich Universität Bamberg, no estado da Baviera, sul do país. Em entrevista ao Portal ACESSA.com ele revela os encantos deste lugar.

 



1) Há quanto tempo você mora na Alemanha e porque optou por morar neste país?
Resp.: Não optei por morar aqui. Foi a Alemanha que me escolheu...Explico: enviei um projeto de pesquisa para uma universidade alemã e eles gostaram e me concederam uma bolsa de estudo para fazer um PhD em Política Comparada na Otto-Friedrich Universität Bamberg, no estado da Baviera, sul do país. A Alemanha tem um sistema político-eleitoral que serve de referência para o Brasil em muitos aspectos. Daí a importância em aprofundar o tema. Estou aqui há 6 meses e devo ficar mais 1 ou dois anos, vai depender da pesquisa de campo que atualmente desenvolvo.

2) Quais pontos turísticos e cidades que o viajante que passar pela Alemanha não pode deixar de conhecer?
Resp.: Difícil de responder tal pergunta por duas razões. Em primeiro lugar, toda escolha envolve uma lado subjetivo que varia de pessoa à pessoa. Tem gente como eu que gosta de história, da cultura e monumentos do passado. Para esse tipo eu aconselharia a cidade de Colônia e sua Catedral, o monumento mais visitado da Alemanha. Berlin, com sua famosa avenida Unter den Linden e o Portão de Brandemburgo, também exerce um fascínio nos visitantes, tanto mais quanto a capital federal tem de tudo que você pode imaginar, desde punks à maestros e artistas magníficos. Mas eu ainda prefiro Postdam, que fica na “grande Berlin”, a 20 minutos de trem, cidade de Frederico o Grande, rei da Prússia, que este ano celebra seu terceiro centenário. Eu diria que é a versão teuta de Versalles, a cidade criada por Luis XIV, o rei sol. A segunda dificuldade é que não há metro quadrado aqui que não seja interessante! Estou morando há 6 meses em Bamberg, uma cidade de 50 mil habitantes numa região da Baviera conhecida como Alta Francônia, Patrimônio Cultural da Humanidade, uma das poucas que sobreviveram intactas aos bombardeios da II Guerra Mundial. Todo dia faço um tour pela cidade de bicicleta, o melhor meio de se conhecer as pequenas aldeias e vilas, onde se encontra o verdadeiro povo e a cultura autêntica do país, longe dos centros turísticos “pasteurizados”.  Pois bem, não há dia que não tenha uma surpresa, não encontre algo novo. Devo já ter uma coleção de umas 800 fotografias postadas no FB e outras redes sociais. E como Bamberg há centenas de cidades! O que fazer para conhecer o melhor disso tudo? Eu daria um conselho simples: não procure conhecer superficialmente muita coisa. Isso é um erro que acaba tornando a viagem cansativa por excesso de informação não processada. É melhor visitar poucos destinos e conhecê-los melhor.
3) Qual o ponto turístico que mais gostou e por quê?
Resp.: Sem dúvidas, Bamberg é a jóia do barroco alemão, uma cidade que em muitos aspectos arquitetônicos faz lembrar Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais. Poucas centros urbanos na Europa concentram tanta beleza como Bamberg. Eu até diria que há pontos de beleza nas cidades, como a Ille de France em Paris. Mas Bamberg é toda bela! Foi  concebida como uma jóia, onde o conjunto é belo, não apenas as partes. Ela tem um patrimônio histórico-cultural que abarca desde o românico, passando pelo gótico, barroco e clássico, tudo isso dentro de um “cadre” banhado por dois rios, Regnitz e Main, que conferem-lhe um ar veneziano e romântico, o encanto dos turistas de todo o mundo. Enfim, um lugar para ser “experimentado”, mais do que “visitado”. Fica apenas a 2 horas e meia de trem de Munique e de Frankfurt. Não há desculpa para não visitá-la!

4) As diferenças culturais são muito grandes em relação ao Brasil? Se sim, como lidar com elas?
Resp: Graças a Deus, sim! O mundo é belo na medida em que é diverso. Imagine a monotonia que seria sair do Rio de Janeiro, por exemplo, e só encontrar cariocas para conversar na Europa. O Rio é fabuloso e os cariocas são geralmente muito simpáticos, mas isso não os faz exclusivos. O que pretendo dizer com isso é que a beleza está na diversidade cultural, artística, histórica etc. Portanto, se as diferenças culturais são grandes, grande também é o potencial de atração das culturas. Como lidar com as diferenças? Esqueça por um instante que é brasileiro e vista a camisa teuta, japonesa, árabe ou indiana por um momento. Procure “viver” a diversidade sem “pré-conceitos”, isto é, sem noções pré-fabricadas que muitas vezes impedem de vermos a riqueza da diferença. Em outras palavras, não venha comer feijoada em Berlin ou tomar guaraná em Munique...
5) Em que o alemão mais se assemelha ao brasileiro?
Resp.: Na festa e na dança! A cultura alemã é regida por dois princípios: um princípio de ordem, que eles herdaram dos romanos; e um princípio de liberdade, que vem das tribos bárbaras do norte. A ordem se manifesta, sobretudo, na disciplina do trabalho e na capacidade, sem igual, de ordenar a vida cotidiana. Tudo funciona com a regularidade de um relógio, ou melhor, de um ônibus, que chega ao ponto sempre no segundo previsto... Isso impressiona um brasileiro, acostumado com a sujeira e os buracos de nossas ruas ou com o caos dos grandes centros urbanos do país. Não é na ordem que os alemães se assemelham conosco. É na liberdade, que se manifesta nas festas intermináveis, nos feriados prolongados, na dança, na música, nos festivais, no gosto pela cerveja e na alegria de viver. A paixão pelo futebol é outro ponto em comum, que, aliás, os faz olhar com admiração as cinco estrelas do pentacampeonato bordadas na camisa de nossos atletas.

6) Quem não fala alemão consegue se virar bem na Alemanha?
Resp.: Todo jovem alemão é pelo menos bilíngue: inglês é tão ou mais importante do que o alemão no sistema educacional. Em toda universidade há muitas disciplinas ministradas em inglês, sobretudo nas ciências econômicas e administração de empresa. Além disso, há um marcante apreço por línguas estrangeiras, como o espanhol e o francês, embora a língua estrangeira mais estudada, depois do inglês, seja o latim! Isso mesmo, o latim, que expulsamos de nossos ginásios (e com isso passamos a produzir semialfabetizados em massa),  é a língua mais procurada nos vestibulares do país. Claro, que não vamos falar uma língua morta, mas quero com isso apenas enfatizar que, para o nacional que domina, ou mesmo “arranha”, a língua de Shaskespeare, com exceção talvez da geração acima dos 70 anos, não haverá problemas de comunicação na Alemanha.

7) O povo alemão recebe bem os visitantes? Há quem diga que ele é muito frio. É verdade?
Resp.: Muito frio é o inverno, não o povo! Cada povo tem seu temperamento próprio, que é preciso compreender, ou melhor, “vivenciar”, se não quisermos cometer injustiças. Jamais pedi uma informação na rua e foi atendido de muito desatencioso; a gentileza e solidariedade são qualidades que foram destiladas no povo alemão ao longo de séculos, sobretudo sob influência do Cristianismo, que domesticou a violência dos bárbaros. Mas não confunda gentileza com promiscuidade ou tapinha nas costas já no primeiro encontro. Isso é hábito nosso não deles. Eles têm outros modos de representar o calor humano e  isso não os torna necessariamente “mais frios” e nós “mais quentes”.
8) Como é a culinária alemã?
Resp.: Típica e bem saborosa em sua rusticidade primeva! Em outras palavras, não procure aqui o requinte da culinária francesa nem a exuberância da italiana. Os pratos básicos são: batatas e “nudels” (massa de sémola), com carne de porco e frango, a partir das quais eles fazem os derivados saborosos, como as salsichas e linguiças dos mais variados tipos. Claro, tudo isso regado a muita cerveja e vinho. É preciso salientar que os peixes e frutos do mar, como o salmão e camarão, saem bem mais em conta aqui do que no Brasil. Aconselho ao leitor experimentar “Sauerbraten”, um prato de carne de porco e batatas delicioso e barato (9,80 Euros).

9) A Alemanha é muito conhecida pela fabricação de cervejas. Mas qual a diferença entre a cerveja alemã e a brasileira?

Resp.: A mesma diferença entre o futebol da Ilha de Malta e do Brasil. Ou de um VW e um BMW. Senão vejamos: só em Bamberg, onde moro, cidade de 50 mil habitantes, há 35 cervejarias, muitas delas mais velhas do que o Brasil. Para falar a verdade, não existe cerveja brasileira. O que temos são versões da cerveja alemã fabricadas no Brasil por alemães. A diferença é que temos basicamente dois ou três tipos, como o chopp, a cerveja clara e a escura. Aqui a variedade é muito maior. Há cerveja defumada (Rauchbier), por exemplo; entre a clara e a escura, há uma quantidade de “mulatas” tão saborosas quanto às nossas do Rio de Janeiro...

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Os textos são revisados por Mariana Benicá