Operador de Telemarketing O rei da paciência e da prestação de serviços
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Renata Cristina
Colaboração
25/07/2006

A estudante universitária, Vivian Schetini (foto ao lado), encontrou no telemarkenting uma alternativa de trabalho durante a faculdade. "Queria ter o meu dinheiro, pagar as minhas contas, mesmo sabendo que vou seguir outra profissão", diz. A partir desse objetivo, ela fez um curso de telemarketing e enviou currículos para algumas empresas da cidade.
Há um ano, Vivian trabalha no ramo e conhece muito bem os pontos positivos e as dificuldades dessa profissão. "O telemarketing é muito repetitivo, automático, mas também tem esse lado de interação com as pessoas, de conversa, que eu adoro". Para a estudante, que já trabalhou em diferentes empresas no setor, as metas estipuladas, no caso dela, 50 ligações em 4 horas de trabalho, e os de negociação com os clientes insatisfeitos com alguma medida da empresa. Nessa hora, ela aconselha: "é preciso ter muita paciência".
O primeiro emprego da estudante Fernanda Fernandes também foi o telemarketing. Há um ano e seis meses, ela concilia a rotina pesada de trabalho com a faculdade, mas garante que está feliz com a oportunidade. "Além de ter conseguido o primeiro emprego, aprendi muito como profissional", afirma. O desenvolvimento das atividades em grupo e o aprendizado na área de informática são alguns dos pontos positivos destacados pela estudante.
Palavra de profissional
Desde a privatização das empresas de telefonia, a ação de ligar para residências e empresas, com o objetivo de "vender" ou oferecer algum tipo de serviço, tornou-se comum no Brasil. Atualmente, o telemarketing abrange não só a área de vendas, mas vários setores de uma instituição. O campo de atuação está cada vez maior, com aplicações em áreas distintas, como de campanhas de arrecadação, ouvidorias, transações financeiras, cobranças, consultas, SAC, entre inúmeras outras.
O operador e professor de telemarketing, Walmir da Silva Leite (foto
ao lado), garante que o mercado está em expansão no país. "O
telemarkenting é uma das profissões que mais gerou empregos nos últimos anos
e a tendência é que isso se mantenha", diz. O professor aponta a profissão
como uma boa alternativa para os estudantes universitários, devido a
carga horária reduzida (de no máximo 6 horas diárias). "É uma boa
oportunidade para se manter durante a universidade, sem que falte tempo para
o estudo", aconselha.
Apesar das ligações desses operadores serem repudiadas pela maioria da população, o professor prevê uma mudança estrutural nos conceitos do telemarketing brasileiro. "Copiamos o padrão americano de atendimento, marcado pela formalidade, mas a tendência é que o contato se personalize. Caso o contrário, o telemarketing irá desaparecer", acredita.
O curso
Algumas empresas do ramo não exigem o curso de telemarketing, mas ele dá o ponta-pé inicial para muitos contatos. "Quando a pessoa não tem experiência, o curso amplia as chances do candidato a uma vaga e, ainda, melhora o currículo", afirma o professor. No entanto, é importante estar atento às várias ofertas de cursos relâmpago. Não aceite propostas de aulas em apenas um dia, pois a Associação Brasileira de Tele-Serviços orienta que o curso tenha, em média, 20 horas aula.
Outro ponto importante é verificar se o curso se baseia no código de ética do profissional de telemarketing, que foi criado com o objetivo de definir e regulamentar o setor.
Veja algumas características essenciais para o operador de telemarketing:
Onde estudar?
Em Juiz de Fora, existem alguns cursos temporários, em faculdades e escolas. No período de férias, o SENAC e Faculdade Estácio de Sá abrem algumas turmas.