Artigo Caf?: vil?o ou aliado da sa?de? |
Nativo da Eti?pia , o caf? chegou ao Brasil em 1727 pelas m?os do sargento Francisco Mello Palheta de forma obscura e a pedido dos governadores do Maranh?o e do Gr?o-Par?, onde adaptou-se espetacularmente ao clima e solo brasileiro.
No s?culo XVIII , o Brasil torna-se o maior produtor mundial , posto do qual nunca mais foi despojado , produzindo cerca de 41 milh?es de sacas este ano. Somos o segundo maior consumidor do mundo ficando atr?s apenas dos Estados Unidos.
Pol?mico e controverso, o papel do caf? a mesa sempre foi alvo de discuss?es. No s?culo XVII a Europa consumia grandes quantidades de vinho e cerveja como alternativa para o consumo de ?gua contaminada pela superpopula??o das cidades e a falta de saneamento. Feito com ?gua fervida, o caf? passou a ser uma alternativa ao consumo de ?lcool, gerando sobriedade, energia e lucidez aos pensamentos, valor jamais agregado a alimento algum.
Em 1820 o qu?mico alem?o Ferdinand Runge em resposta a um desafio feito palo poeta Wolfang Goethe , descobre a cafe?na , uma entre as cerca mil subst?ncias da bebida. Durante mais de 50 anos a cafe?na monopolizou os estudos. Hoje muitos pesquisadores t?m se dedicado ao estudo do caf? e descobriram que grandes quantidades de antioxidantes s?o encontrados na bebida: sais minerais , niacina e os ?cidos clorog?nicos.
Essas subst?ncias s?o capazes de combater radicais livres, e, retardando o envelhecimento, estes ?cidos protegem a sa?de contra tumores , diabetes tipo 2 , cirrose e outros. Em um ?nico cafezinho temos mais antiaxidantes que na ma??, no ch? verde , no vinho e em outros alimentos at? ent?o indicados como boas fontes de antioxidantes.
Em um estudo da Universidade de Havard , o consumo regular de caf? mostrou-se capaz de prevenir o diabetes tipo 2. A hip?tese pode ser a dos ?cidos clorog?nicos tornarem as c?lulas mais sens?veis a a??o da insulina. Isto requer mais estudos para comprova??o.
Com rela??o a concentra??o, ainda se discute se o cafezinho deve ser forte ou fraco. Estudiosos americanos defendem o consumo do caf? ralo e j? os italianos defendem o consumo do caf? encorpado e forte. N?o existe consen?o e mais pesquisas est?o sendo feitas.O consumo di?rio dever? ser de 4 x?caras ou at? 600 ml e para crian?as, associado ao leite.
Caf? x doen?as
V?cio: os bebedores regulares desenvolvem uma depend?ncia moderada. O abandono repentino leva a dor de cabe?a , depress?o . o consumo excessivo causa nervosismo , ins?nia , contra?es musculares e dificuldades de fala.
Osteoporose: mais que 4 x?caras/dia pode favorecer a osteoporose principalmente no sexo feminino.
Termog?nico: ao acelerar o metabolismo, a cafe?na aumenta o gasto energ?tico mas ? preciso praticar exerc?cios.
Aumento do LDL: a presen?a de algumas subst?ncias retiradas pelos coadores pode aumentar o colesterol ruim.
Sono: para quem n?o tem o h?bito o consumo ap?s 16 h diminui o sono;
Press?o: o consumo eleva a press?o mas o seu h?bito pode reduzi-la.
Cirrose: 1 a 3 cafezinhos / dia reduz a possibilidade em 40%.
Arritimia: seu consumo acelera o cora??o.
Dor de cabe?a: por ser vasodilatador reduz a dor de cabe?a e pode ajudar na depress?o.
Alimento | Antioxidantes |
Chocolate amargo | 1052 |
Uva vermelha | 624 |
Caf? | 396 |
Banana | 389 |
Ma?? | 258 |
Ch? verde | 236 |
Vinho | 189 |
Abacate | 177 |
Nozes | 128 |
Dicas de consumo
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Arnaldo Pinheiro
? nutricionista formado pela UFV em abril de 1992
trabalhando na ?rea de nutri??o cl?nica, nutri??o enteral
e nutri??o esportiva.
Sobre quais temas (da ?rea de nutri??o) voc? quer ler novos artigos nesta se??o? O nutricionista Arnaldo Pinheiro aguarda suas sugest?es no e-mail viver_nutricao@acessa.com
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