Artigo
A Sexualidade Humana

::: 20/11/2004

Foto site:http://www.eugeniolopez.com/imagenes/impotencia.jpg Discutir sobre a sexualidade humana sempre foi, e ainda ?, algo imbu?do de vergonha, mitos, preconceitos e tabus. Tal situa??o, provavelmente, derive de fatores hist?ricos e culturais que inibiram o relacionamento natural das pessoas com a pr?pria sexualidade.

Desta forma, apesar de ser algo inerente ao desenvolvimento de todas as pessoas, at? nos dias atuais, quest?es relacionadas ao sexo s?o tratadas com pudor exagerado, atrapalhando ou mesmo impedindo o di?logo saud?vel sobre esse tema. Al?m disso, essa inibi??o, na maioria das vezes, n?o permite o tratamento adequado e merecido, tendo em vista a sua import?ncia para a vida das pessoas, das chamadas disfun?es sexuais, ou mesmo do que ? normal ou anormal quando o assunto ? sexo. Tal fato ocasiona a falta de informa??o correta, culminando na viv?ncia de uma sexualidade n?o muito saud?vel, atrapalhando a vida conjugal de muitos casais.

Sendo assim, no sentido de desmistificar este tema, a psic?loga e especialista em sexologia cl?nica, Fernanda Loyola, explica que para definir o que ? sexo normal ou anormal ? preciso utilizar alguns crit?rios no campo das ci?ncias humanas. Assim, segundo Fernanda, o conceito de normalidade sexual varia de acordo com o ?ngulo com que um fato ? considerado. Esses ?ngulos abarcam as normas sociais, influenciadas pela forma como cada cultura trata o assunto, as normas funcionais, referindo-se aos aspectos biol?gicos de cada pessoa, e tamb?m normas psicol?gicas.

Do ponto de vista psicol?gico, ela informa que sexo normal ? aquele que assim ? considerado na vis?o de cada um. Ent?o, o que importa ? a satisfa??o pessoal ou adequa??o sexual de cada indiv?duo. Essa adequa??o pressup?e que o sujeito esteja satisfeito com seu comportamento sexual e com o comportamento sexual do parceiro. Quando isso ocorre essa pessoa pode ser considerada sexualmente normal ou adequada.

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site:http://www.rp-online.de/layout/showbilder/1577-viagra.jpg ? importante destacar tamb?m que a anormalidade do comportamento sexual n?o precisa estar relacionada ao conceito de doen?a, como habitualmente ? utilizado. O correto seria substituir o termo anormal por n?o-normal ou mesmo incomum. Assim, como exemplifica o psiquiatra Ballone para artigo do site www.psiqweb.med.br, uma pessoa com mais de 50 anos que tenha rela?es sexuais diariamente pode ser considerada n?o-normal, estatisticamente, entretanto, n?o ser? doente, necessariamente.

No que se refere ?s disfun?es sexuais, elas podem ser consideradas como problemas que interferem na resposta da manifesta??o sexual humana a est?mulos er?ticos, podendo ter origem psicol?gica, biol?gica e social, ou uma combina??o de todas estas. Fernanda Loyola aponta que as disfun?es sexuais mais freq?entes nos consult?rios s?o a ejacula??o precoce, a dispareunia, o vaginismo, a disfun??o er?til, a disfun??o do desejo e a anorgasmia. Assim, ela explica que a ejacula??o precoce ? a dificuldade de controlar a ejacula??o; a dispareunia seria o sentimento de dor durante a penetra??o; o vaginismo ? a contra??o muscular vaginal impedindo a penetra??o; disfun??o er?til quer dizer dificuldade de ter ou manter ere??o; a disfun??o do desejo ? a falta ou perda do desejo sexual e a anorgasmia significa a aus?ncia ou retardo do orgasmo.

Essas disfun?es sexuais, sejam elas derivadas de aspectos psicol?gicos, sociais ou biol?gicos, podem vir a interferir na rela??o do casal, atrapalhando a vida conjugal. Apesar disso, muitas pessoas, ainda nos dias atuais, sentem-se envergonhadas de procurar ajuda profissional para resolver esses problemas. Desta forma, tendem a conviver com a disfun??o sexual como se n?o houvesse alternativa para vivenciar uma sexualidade saud?vel.

Foto site:http://www.sha-doo.blogger.com.br/casal.jpg Sendo assim, a especialista em sexologia cl?nica, Fernanda Loyola, elucida as bases da terapia sexual para que as pessoas se sintam mais ? vontade em procurar solu??o para as dificuldades vinculadas ? sexualidade. Ent?o, ela argumenta que j? que as disfun?es sexuais podem ser de origem org?nica ou psicol?gica, o trabalho junto ? pessoa que procura a terapia precisa ser multidisciplinar, associando ginecologistas, urologistas, psiquiatras e psic?logos, atuando para o bem estar do indiv?duo.

Fernanda enfatiza ainda que, na maioria das vezes, neste modelo de terapia sexual o que o terapeuta precisa fazer ? dar permiss?o para o cliente expor seu conflito, fornecer informa?es e sugest?es espec?ficas para o in?cio de um tratamento intensivo. Esta orienta??o terap?utica ? uma tentativa de promover a felicidade do ser humano como um todo, em vez de se restringir a uma simples elimina??o de sintomas indesej?veis.

Al?m disso, ela finaliza explicando que a terapia sexual moderna, iniciada nos anos 70 com Masters e Johnson, ? uma tentativa de promover, simultaneamente, a adequa??o do indiv?duo a si mesmo e a adequa??o do indiv?duo ao seu parceiro. A terapia n?o cuida apenas do sujeito que est? com a disfun??o ou dificuldade, cuida tamb?m das conseq??ncias que esta disfun??o gera na rela??o com seu parceiro.


Denise Mendon?a de Melo
? psic?loga, formada pelo
Centro de Ensino Superior
de Juiz de Fora.
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Sobre quais temas (da ?rea de psicologia) voc? quer ler novos artigos nesta se??o? A psic?loga Denise Melo aguarda suas sugest?es no e-mail viver_psique@acessa.com.


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