Pablo Vittar fará show no Miss Brasil Gay confirmado para 17 de agosto
Em conjunto com programação do concurso, acontecerá o Rainbow Feste Brasil nos dias 16, 17 e 18 no Parque Halfeld
Repórter
2/04/2019
O Miss Brasil Gay Oficial está confirmado para acontecer no dia 17 de agosto, sábado, trazendo pela, primeira vez, show de grande relevância nacional e internacional que é a Pablo Vittar. A cerimônia da 39 edição do evento, que elegerá a mais bela transformista do país em Juiz de Fora será, mais uma vez, no espaço do Terrazzo, na Avenida Deusdedit Salgado, Salvaterra. Além da grande atração, as performances e dublagens serão mantidas para compor a programação da noite, junto com os tradicionais desfiles em trajes típicos e de gala das 27 candidatas em busca do título.
Outra novidade para 2019 é a união de forças dos organizadores do Miss Brasil Gay Oficial com a equipe do Movimento Gay de Minas Gerais (MGM), responsável pelo Rainbow Fest Brasil. Assim, os turistas poderão aproveitar atividades culturais a partir de sexta-feira, 16 de agosto, até domingo, 18, das 9h às 21h, em novo espaço, no Parque Halfeld. “Queremos somar ao Miss Brasil Gay com evento mais diurno, cultural e lúdico. Vamos montar um espaço gourmet no Parque Halfeld para oferecer opções gastronômicas e de bebidas. Teremos ainda um cinema na praça, feira de adoção de animais e as atrações tradicionais, com as drags”, explica o organizador e integrante do MGM, Marco Trajano, durante coletiva de imprensa na última segunda, 1° de abril, no Trade Hotel.
O diretor artístico do Miss Brasil Gay, André Pavam, detalha que além do show da Pablo, que acontecerá no segundo bloco do evento, com duração de 50 minutos a 1 hora, a primeira parte das atrações artísticas será de homenagens, performances e dublagens. “Vamos fazer alusão e celebrar os 50 anos do Movimento Stonewall, que deu origem aos direitos LGBTs com shows de dublagem do Freddie Mercury, além de homenagear os 10 anos de reinado da nossa Miss Ava Simões com um a cena que a tornou mundialmente famosa, quando outra candidata arrancou sua peruca durante a coroação”.
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André Pavam também destaca o intenso trabalho do concurso em trazer candidatas eleitas em concursos realizados em seu Estado de origem. “É um intenso trabalho que temos nos empenhado para trazer o Miss Brasil Gay Oficial para os moldes do Be Motion, fortalecendo os concursos estaduais. Conseguimos, neste ano, que 23 Estados elegessem suas candidatas, faltando apenas o Distrito Federal, Rondônia, Paraná e Sergipe”, explica.
Profissionalização e união
Além da união do Miss e Rainbow, 2019 será marcado como ano que inicia um projeto de profissionalização do Miss Brasil Gay com nova equipe organizadora e produtora, composta por Aline Firjam, Michel Brucce e Orlando Capaluto. Segundo o empresário Michel Brucce a equipe tem se empenhado em um plano de negócios iniciado no ano passado para fortalecer o evento deste as etapas estaduais até a nacional, que ocorre em Juiz de Fora, e, futuramente, oportunizar a etapa Miss Universo Gay. “Estamos buscando a iniciativa privada com antecipação para conseguirmos trazer o turista para a cidade. O grande show da Pablo é um investimento para tornar o evento mais notório internacionalmente. A etapa internacional já é um trabalho que começamos a articular com representantes de outros países para médio longo prazo”, destaca, lembrando que em 27 de junho Pablo fará show na Parada de Nova York, representando o Miss e o Rainbow Fest.
O organizador também adianta que os ingressos começarão a ser vendidos dia 1° de junho no site do evento, com opção de ingressos pista com inteira no valor de R$ 50 e meia-entrada a R$ 25. Brucce recorda que de acordo com dados da pesquisa realizada pelo professor da UFJF, Marcelo do Carmo, o turismo projetado pelos eventos afirmativos trazem R$ 3 milhões para a economia local. “A intenção é motivar que Leis de Incentivo venham para a cidade, além das iniciativas privadas”. O empresário também afirma que as festas Fun House e Stomp estão confirmadas.
O MGM também firmou parcerias para divulgar o evento deste ano pelo páis, com trio elétrico nas paradas realizadas em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.
O secretário de Desenvolvimento, Turismo e Agropecuária – novo formato da pasta firmado através de decreto no último sábado uniu as secretarias em Juiz de Fora, Rômulo Veiga, afirmou que a Prefeitura entende como relevante parceria para a efetivação destes eventos que trazem identidades comunitárias para a cidade, através da concessão do espaço público, apoios econômicos e efetivação dos incentivos fiscais para que recursos federais venham para a cidade através das Leis de Incentivos, pelo ICMS e Lei Rouant. “Lembrando que os repasses para abatimento no imposto de renda podem ser feitas também por pessoas físicas. Acho que é um conscientização importante, já que é através destas políticas que os recursos da união são repassados para o fomento da cultura e turismo. Em Minas, somos a segunda cidade que mais gera recurso para o município com economia criativa, queremos nos aproximar cada vez mais de Belo Horizonte”.
Ele diz ainda que outra forma de apoio será a articulação da secretaria com outros atores que possam somar com o concurso e Rainbow. “Vamos chamar os polos produtivos, hoteleiro, Abrasel e tentar criar políticas de ocupação pública com atrações relacionadas ao Miss Brasil Gay e Rainbow Fest, isso tudo com muita articulação e abertura de editais para que Museus possam receber opções culturais nestes temas”, relata.
Luta e resistência
Marco Trajano e André Pavam destacam que os eventos são formas de luta e resistência através da cultura, beleza, arte e alegria. “O Miss nasceu como evento de resistência pelo Chiquinho em 1976, em plena Ditadura Militar. Com esse movimento conservadorista que se instala no Brasil e mundo, apresentamos o Miss muito mais fortalecido e profissionalizado, mas sempre mantendo a essência e o conceito artístico firmado desde o início”, diz André.
Organizador do Rainbow Fest, Trajano diz que os dois objetivos deste evento são que ele se torne um produto de turismo e cultura para a cidade traga recursos. “O segundo objetivo é discutir o combate a homofobia, ocupando espaços públicos, em contrapartida ao avanço deste conservadorismo. Entendo que esses eventos têm um papel político e faz isso do jeito que sabemos fazer, com muita cor, paz e luz”.
A Miss Brasil Gay 2018, Yakira Queiroz, falou da grande honra de carregar a coroa por todo ano de reinado e representar um evento com tamanha relevância histórica para a representação LGBT em todo país. “Graças a Deus e a esta equipe tenho tido suporte para dar continuidade a este concurso tão importante para a economia, cultura e resistência”.
Embaixadores
A edição de 2019 do Miss também contará com um time de influenciadores e jurados potencializando a divulgação do concurso e dando visibilidade à causa LGBT.
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