Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008 atualizada ?s 19h00

Mais um embate sobre a instala??o do novo aterro sanit?rio no bairro Dias Tavares



Renato Salles
Rep?rter

As pol?micas acerca da mudan?a do Aterro Municipal de Juiz de Fora do Bairro Salvaterra para Dias Tavares parecem n?o ter fim. Mais um embate da batalha aconteceu na noite de segunda-feira, 19 de fevereiro, na audi?ncia p?blica realizada em um hotel da cidade.

A audi?ncia, solicitada pelo vereador Jos? Soter Figueir?a Neto, j? havia sido adiada a pedido do pr?prio proponente (inicialmente as discuss?es aconteceriam no dia 14 de janeiro), que alegou falta de divulga??o e inadequa??o do local escolhido para sediar o evento para validar sua solicita??o.

No encontro realizado na ?ltima segunda-feira, 18 de fevereiro, Figueir?a voltou a questionar o espa?o do evento. "Essa discuss?o deveria acontecer na C?mara Municipal, com a presen?a de todos. A C?mara ? a casa do povo", ressaltou.

As duas salas do hotel reservadas para o evento estavam completamente lotadas. Na primeira parte da audi?ncia, as empresas, envolvidas na elabora??o do projeto, representadas pelos engenheiros Ant?nio Henrique Martins e Agn?rio Moreira, apresentaram aspectos t?cnicos da constru??o defendendo a viabilidade da empreitada.

Ap?s a apresenta??o do projeto por parte dos engenheiros, quem assumiu o discurso foi o vereador Figueir?a, tamb?m graduado em engenharia, que manteve posi??o contr?ria ? obra afirmando a exist?ncia de variadas irregularidades. O vereador apontou a viola??o da lei dos crimes ambientais na elabora??o e execu??o do projeto, afirmando que, pela legisla??o em vigor, ? proibida a constru??o de um aterro naquela regi?o. "O destino final das ?guas que cortam a propriedade ? o rio Paraibuna, um aterro sanit?rio n?o poderia ser instalado ali", afirmou.

Outro ponto de destaque em seu discurso foi a quest?o financeira. Conte?do que n?o foi levado em considera??o nos discursos anteriores. "Em nenhum momento dessa audi?ncia as empresas citaram os custos do projeto. Cifras altas que financiadas pelos cofres p?blicos, destacou. Valores esses que, de acordo com o discurso do vereador, ultrapassa R$ 230 milh?es.

Guerra sem fim

O vereador que entrou com uma a??o popular constitucional na Justi?a mineira, prometeu continuar fiscalizando a empreitada do no aterro sanit?rio e afirmou recorrer aos ?rg?os competentes sempre que necess?rio. "Cabe ao legislativo fiscalizar o trabalho do executivo, assim como ? de responsabilidade do Minist?rio P?blico investigar as poss?veis irregularidades", afirmou Figueir?a.

Antes que os tr?s oradores e a mesa, da qual faziam parte representantes da Federa??o Estadual do Meio Ambiente (FEAM) entre eles o procurador da institui??o Joaquim Martins, fizessem suas pondera?es finais, foi aberto espa?o para que representantes da sociedade civil e demais pessoas presentes expusessem suas opini?es. O clima da audi?ncia seguiu tenso at? seu final.