Obras em encosta no Alto dos Passos vão começarQuatro casas e dois prédios da rua Machado Sobrinho continuam interditados desde as chuvas do final de 2009 e do início deste ano

Aline Furtado
Repórter
23/2/2010

Os trabalhos de estabilização da encosta localizada entre as ruas Machado Sobrinho e Onofre Mendes, no bairro Alto dos Passos, terão início na próxima semana. A contratação emergencial de uma empresa de engenharia, que ficará responsável pelos trabalhos, foi anunciada nesta terça-feira, 23 de fevereiro, pela Prefeitura de Juiz de Fora.

A medida será tomada devido ao risco de escorregamento da encosta em consequência das chuvas que caíram sobre a cidade em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano.

De acordo com o secretário de Obras, Jefferson Rodrigues Júnior, serão realizados drenos sub-horizontais profundos no solo do local. "Serão feitos furos por todo o talude para que a água seja retirada, diminuindo o encharcamento, o peso e, consequentemente, o risco de escorregamento." 

Conforme o subsecretário de Defesa Civil, major José Mendes da Silva, o trabalho de drenagem é fundamental devido à existência de minas de água na encosta. "O solo molhado é um sério problema, que pode prejudicar moradores das duas ruas."

Segundo Rodrigues, a previsão é de que as obras sejam concluídas em um prazo de 60 dias. "Se não houver problema durante a execução, dentro de dois meses, as famílias que moravam nas casas interditadas já poderão voltar às residências."

Rodrigues explica que não é necessário executar a demolição das quatro casas e dos dois prédios que se encontram interditados desde as chuvas do final de 2009 e início de 2010. "O deslocamento de terra não é tão grande, o que possibilita a contenção da encosta sem que seja necessário demolir as casas." Além disso, o secretário lembra que medidas, como a retirada das árvores e da vegetação, já foram tomadas. "O mato faz com que o solo fique ainda mais úmido."

Residência na rua Machado SobrinhoA residência de número 262 da rua Machado Sobrinho (foto ao lado) precisou ter o cômodo dos fundos demolido devido ao risco ocasionado ao restante da casa. "A encosta estava provocando trincas nas paredes deste cômodo, que era pressionado e, por sua vez, empurrava a casa. A demolição parcial foi feita em caráter preventivo", diz o secretário.

O morador da rua Machado Sobrinho, Francisco Ramos, destaca a necessidade urgente de interferência no local. "Como leigo, acredito que não seja necessário demolir, mas os trabalhos para evitar que a encosta desça devem começar antes das chuvas." Já a dona de casa Maria da Conceição Leal, também moradora da rua, lembra do transtorno causado às famílias. "As pessoas tiveram que deixar suas casas e algumas estão pagando aluguel. É fundamental que os trabalhos tenham início rapidamente para que estas famílias retomem suas vidas."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes