SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), precisou intervir para resolver um impasse entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o PV, partido federado com o PT. Candidato à reeleição, Lira ficou com receio de o racha interno interferir nos acordos firmados por ele e atrapalhar a eleição de Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) para o TCU (Tribunal de Contas da União).

O PV vinha reclamando de ter sido preterido nos principais cargos, depois de ter sido deixado de fora dos ministérios e ter visto cargos de segundo escalão, negociados por eles, sendo distribuídos para outros partidos.

Diante do impasse, o deputado Aliel Machado (PV-PR) ameaçou lançar candidatura para a segunda secretaria da Câmara, cargo prometido à Maria do Rosário (PT-RS). O receio de Lira era de que, caso Rosário não se elegesse, o PT não entregasse os votos necessários para a eleição de Jhonatan, mais apertada. Mesmo com os governistas, aliados do parlamentar contam com cerca de 250 a 280 votos, suficientes, mas sem muita margem.

Após uma série de reuniões na tarde desta terça-feira (31), ficou acertado que o PV indicará o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil. A legenda busca um quadro técnico para o posto.

Poderá também indicar um cargo na diretoria dos Correios e do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

O acordo passa também por espaços na Câmara. O PT ofereceu ao PV escolher um deputado para a segunda escolha de uma comissão temática. Como o governo acredita ser vital comandar a de Fiscalização e Controle para evitar desgastes, os petistas farão a escolha do colegiado e o PV a do presidente.

Caso Fiscalização e Controle já tenha sido pedida por outro partido e os aliados não queiram o colegiado ofertado, eles terão a prerrogativa de fazer a terceira pedida, com liberdade para escolher a comissão e o titular.


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