Campanha contra o c?ncer de mama O objetivo ? orientar as mulheres e enfatizar a import?ncia do diagn?stico precoce para reduzir os n?meros da doen?a, na cidade

Priscila Magalh?es
Rep?rter
18/03/2008

Enquanto cerca de quatro mulheres morrem, por m?s, em Juiz de Fora, v?timas do c?ncer de mama, informa?es da Secretaria de Sa?de de Juiz de Fora mostram que, em alguns meses, cerca de 800 mamografias deixam de ser feitas pelo Sistema ?nico de Sa?de (SUS), no munic?pio. A cota de exames no sistema p?blico aumentou nos ?ltimos meses, e, atualmente, tr?s mil est?o dispon?veis. Por?m, a m?dia ? de 2.200 realizados.

A diretora superintendente de uma operadora de plano de sa?de, em Juiz de Fora, Nath?rcia Abr?o (foto abaixo), diz que ? necess?rio uma mudan?a no modelo de sa?de. Para ela, as pessoas n?o deveriam esperar adoecer para procurar um m?dico. "O verdadeiro cuidado com a sa?de ? quando evitamos as doen?as", garante ela. Por isso, a empresa est? lan?ando a campanha contra o c?ncer de mama para reduzir os ?ndices da doen?a, considerados razo?veis, por ela. "Temos que diminuir esta m?dia de quatro mortes a cada m?s".

Em todo o pa?s s?o 51 casos da doen?a para cem mil mulheres. O dado estimulante ? o de que 95% dos casos t?m cura se diagnosticados precocemente. "Esta estat?stica ? muito boa, principalmente se levarmos em considera??o o fato de que temos condi?es de realizar o diagn?stico, o que n?o acontecia nos anos 60 e 70. Hoje, ? raro diagnosticar uma paciente que apresente altera?es da mama devido a doen?as", conta.

Para Nath?rcia, um grande problema ? o medo que algumas mulheres sentem em procurar um m?dico e encontrar um n?dulo. Mas orienta que o diagn?stico precoce faz com que o tratamento tenha sucesso e seja menos agressivo. "Queremos estimular a procura ao m?dico para que a mulher fa?a a mamografia, j? que o auto-exame n?o ? mais satisfat?rio por si s?".

Grupos de risco

foto de Nath?rcia Os c?nceres mais comuns s?o o de mama, de colo e reto, de pr?stata e ?tero. Para o c?ncer de mama, a campanha vai focar as mulheres entre 50 e 69 anos e aquelas acima de 35, que apresentem fatores de risco. "Quem menstruou cedo, teve a menopausa tarde, n?o teve filhos ou teve depois dos 30 anos, precisa ficar atenta", diz a diretora.

Al?m disso, a alimenta??o ? essencial para evitar doen?as. "A determina??o do c?ncer vem, em 35% da alimenta??o", garante Nath?rcia. Por isso, ela aconselha a comer bastante frutas, verduras e legumes e tomar bastante l?quido. "Quem tem uma alimenta??o saud?vel, tem menos risco de ter c?ncer", completa. A hist?ria familiar tamb?m deve ser levada em conta. A chance de desenvolver a doen?a ? de 10% se j? houve casos na fam?lia.

Campanha

A campanha se estende a toda comunidade, inclusive m?dicos. "Os que est?o na rede p?blica tamb?m est?o na particular e ? importante atent?-los para o fato, j? que o mesmo acesso existente em uma, h? na outra". Para Nath?rcia, isso quer dizer que o sistema p?blico de Juiz de Fora est? atendendo adequado e atendendo prontamente. "N?o h? demanda reprimida para diagn?stico e tratamento", garante.

No pr?ximo dia 29, o N?cleo de Aten??o ? Sa?de de uma operadora de plano de sa?de da cidade, vai estar no Parque Halfeld, de 9h ?s 14h para mobilizar a popula??o ? preven??o dos c?nceres. Os folderes apresentam imagens de mulheres sem cabelo e trazem mensagens de que o c?ncer de mama mutila. "Queremos chocar para que haja a preven??o da doen?a. Se coloc?ssemos uma mulher bonita, de nada ia adiantar. Al?m disso, a campanha ? continuada", acrescenta.