Pneumologista alerta sobre teste rápido positivo para Covid-19 em paciente assintomático
Neste vídeo, o pneumologista e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Júlio Abreu alerta para um equívoco comum envolvendo o resultado de testes sorológicos para diagnosticar a infecção por Covid-19. Muitos pacientes ainda acreditam que ter resultado IgG (imunoglobulinas) positivo com um quadro assintomático para o vírus é sinal de que a pessoa conseguiu desenvolver anticorpos para a doença e está imunizada, mas este 'sonho de consumo' pode ser uma enganação. Afinal, esse tipo de exame, conhecido como testes rápidos, têm baixa sensibilidade e especificidade, o que resulta em um possível falso positivo e falso negativo, o que significa que talvez a pessoa nem tenha sido exposta ao novo coronavírus e a resposta é para outro agente (vírus). Por isso, os órgãos de saúde orientam que a análise do resultado para teste sorológico ocorra dentro de um contexto clínico.
Conforme informações divulgadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os testes rápidos positivos indicam que o pacientes teve contato recente com o vírus (IgM) ou que já teve Covid-19 e está se recuperando ou já se recuperou (IgG), uma vez que indicam a presença de anticorpos (defesas do organismo). No entanto, os anticorpos só aparecem em quantidades detectáveis nos testes pelo menos oito dias depois da infecção. Ainda assim, o teste pode ser positivo indicando que você teve contato com outros coronavírus e não com o SarsCoV-2 / Covid-19 (falso positivo).
Assim sendo, esse teste isolado não serve para diagnosticar (confirmar ou descartar) infecção por Covid-19. O diagnóstico da infecção pelo novo coronavírus deve ser feito por testes de RT-PCR. Estes testes e de antígenos têm função diagnóstica, sendo o RT-PCR o teste definitivo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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