Química
Entenda os processos químicos, tirando exemplos nos fatos
do seu cotidiano. Anote as dicas do professor
Repórter
10/11/2004

O professor Marcelo Marins (foto abaixo)
afirma que o estudo é em cima do raciocínio. "A química, assim como
outras matérias, deixou de ser decoreba. A forma de ensinar mudou.
Hoje, as provas da UFJF possuem questões do nosso dia-a-dia", confirma.
Um exemplo que Marins cita é sobre um tópico de físico-química,
divisão da química, normalmente, mais temida pelos estudantes. "Dentro da físico-química,
estuda-se, por exemplo, a velocidade da reação. Eu exemplifico com a queima do carvão
em um churrasco. Para acender a churrasqueira, a pessoa deve colocar pedaços
pequenos de carvão para que o fogo acenda mais rápido. Ou seja, quanto menor
o carvão, maior a velocidade de reação do fogo. Depois de aceso, a pessoa
deve colocar carvão de tamanho maior só para manter. Ou seja,
quanto maior o tamanho do carvão, menor a velocidade de reação da queima",
explica.
Para quem está afastado há algum tempo dos estudos, é bom lembrar que a química é dividida em três: orgânica, inorgânica e físico-química. O professor diz que as prioridades são o uso da tabela periódica como consulta, atenção especial em exercícios de interpretação de gráficos e tabelas, ler sobre a indústria-petroquímica e estudar as reações químicas.
Alguns tópicos para serem estudados
- Transformações Físicas & Químicas
- Substâncias Puras & Misturas
- Substâncias Simples & Compostas
- Alotropia
- Tipos de Misturas
- Como separar as misturas
- Modelos Atômicos
- Ligações Químicas
- Ácidos
- Bases
- Sais
- Cinética Química
- Equilíbrio Químico
- Introdução à Termoquímica
Agora, na reta final, é importante manter o ritmo de estudo. Segundo Maris, não se deve acelerar o estudo, muito menos diminuir. "No mínimo, o estudante deve manter seu ritmo. Procurar saber o que apareceu em questões de vestibulares anteriores é interessante. A velocidade de queima do carvão que falei anteriormente é um exemplo. No vestibular passado caiu uma questão parecida. Outra coisa que pode cair nesse vestibular é sobre petróleo, já que a Petrobrás fez 50 anos em 2003 e não houve nenhuma pergunta no vestibular da UFJF. A revista Veja do ano passado fez um especial muito interessante sobre o assunto", diz.
Interpretar é a palavra-chave para o professor. "Os cálculos geralmente assustam o aluno, mas o que ele vai usar é uma regra de três simples. Não será necessário decorar as fórmulas. Entender o que é ensinado é o ponto principal", afirma.
Dúvida
As dúvidas dentro de sala de aula são comuns e, normalmente, esclarecidas.
Mas o professor comentou que a banca da UFJF apresentou aos professores de
cursinho uma incógnita: por que tantos vestibulandos, ao serem perguntados
sobre a função orgânica de um
composto, respondendo a função dele no
organismo e não a função química presente? Marins diz que entre seus alunos
não viu esse tipo de erro. "Talvez sejam pessoas que estão tentando o
vestibular depois de muito tempo e confundem a pergunta. Então, vale a
sugestão. A função orgânica de um composto é, por exemplo, um álcool, um
ácido, um aldeído...".
E quanto a abordagem das questões nas faculdades particulares e na federal? São diferentes? O professor acredita que o conteúdo da UFJF é bem mais amplo. Portanto, quem estudar para o vestibular da UFJF terá estudado os conteúdos para as particulares. No mais, boa sorte!