Em comemoração aos seus 40 anos, o Grupo de Dança Primeiro Ato vai realizar uma apresentação do espetáculo “Tecidos na Pele” e também oferecer uma oficina e roda de conversa neste final de semana em Cataguases. As atividades são gratuitas.

No sábado (23), a partir das 17h, acontece a oficina de Dança, seguida de uma roda de conversa com os integrantes da cia, no Colégio Cataguases, que fica localizado na Chácara Granjaria , Bairro Centro. Já no domingo (24), às 10h, na Praça Santa Rita, o Grupo apresenta “Tecidos na Pele”, uma produção concebida a partir do contato com o acervo das quatro décadas de história do grupo e criação dos figurinos desenvolvidos ao longo de mais de 20 espetáculos.

Suely Machado, diretora do Grupo, acredita que a peça evoca a atemporalidade nas criações artísticas e a necessidade de se falar sobre caminhos já percorridos e histórias construídas às novas gerações: “Com o espetáculo queremos emocionar, gerar conhecimento e consciência, contribuindo para uma linha evolutiva da nossa arte”, explica.

Segundo a companhia, a peça revisita seu repertório artístico através do trabalho de quatro importantes figurinistas: Marco Paulo Rolla, Pablo Ramon, Ronaldo Fraga e Silma Dornas, que criaram figurinos para obras marcantes do grupo como ‘Isso aqui não é Gothan City’(1992), ‘Beijo nos olhos…na alma…na carne’(1999), ‘Adorno’ (2010) e ‘Terreiro’ (2016).

Sobre o Grupo de Dança Primeiro Ato

O Grupo de Dança Primeiro Ato, sob a direção de Suely Machado, realiza um trabalho em dança contemporânea diverso e singular. Desde o seu início, em 1982, tem por objetivo investigar e ampliar o universo da dança em espetáculos expressivos através de processos colaborativos de pesquisa, encenação e produção entre bailarinos, coreógrafos, artistas plásticos, arquitetos, músicos, videoartistas, atores. A participação ativa dos bailarinos no processo de criação, como coautores dos espetáculos, traz um resultado consequente para o desenvolvimento do processo criativo. Suely Machado, como diretora-encenadora, analisa cada cena dentro do todo, lapida, dá tempo e clareza à obra, traz a assinatura do Primeiro Ato a cada espetáculo criado. Esta clareza na direção confere à estrutura uma linguagem que caracteriza o Primeiro Ato como um grupo que subverte padrões e conceitos, sem perder suas origens. Passeia por temas polêmicos, ao mesmo tempo em que brinca com o imaginário, sendo o humor a mola-mestra da maioria de seus espetáculos.

O grupo investe no diálogo das artes e não se prende apenas aos palcos, mas equilibra os espaços privilegiados com a força caótica das ruas. Em 2013, o grupo foi condecorado com a Ordem de Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura pelas relevantes contribuições à cultura brasileira. Além do grupo, família Primeiro Ato é composta também pelo Centro de Dança e por ações especiais, como o projeto Dançando na Escola e Garimpo das Artes.

Primeiro Ato 40 anos

A apresentação do espetáculo, a oficina e a roda de conversa fazem parte das celebrações dos 40 anos do Grupo e integram o “Projeto Primeiro Ato 40 anos: Circulação de Repertório pelo Estado de Minas Gerais”, viabilizado pela Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O Grupo de Dança Primeiro Ato celebra suas quatro décadas com essa iniciativa que tem o propósito de disseminar seu repertório, acompanhado de oficinas e debates, por quatro distintas mesorregiões de Minas Gerais, já tendo passado por Araxá, Paracatu e, agora, Cataguases, seguindo depois para Congonhas. Estas performances se destinam a sustentar a promoção e educação artística, fomentando intercâmbios culturais que mostram a atemporalidade das criações artísticas e os diálogos com as novas gerações. Assim, o Primeiro Ato cria uma linha evolutiva nas artes de Minas Gerais, preservando o patrimônio cultural do estado.

Hilreli - Grupo de Dança Primeiro Ato se apresenta em Cataguases

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