O Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (SINSERPU) realizaram na manhã desta sexta-feira, (19), um ato em defesa do Pronto Atendimento Infantil (PAI). O objetivo da manifestação é a não aceitação da transferência do PAI, localizado na Avenida dos Andradas, para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, localizado na Avenida Itamar Franco. A manifestação ocorreu com a ajuda da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos de Minas Gerais (FESERP-MG), além da presença dos vereadores Juraci Scheffer (PT), Cida Oliveira (PT), servidores e usuários.
De acordo com o Presidente do SINSERPU, Francisco Carlos da Silva, a transferência do PAI para o hospital prejudica e muito os usuários e também os servidores do local. Uma das preocupações é o deslocamento dos pacientes para o novo espaço, que segundo o Sindicato, não é viável para os usuários. “O Sindicato reivindica que seja debatido amplamente com a comunidade, com o Conselho Municipal de Saúde e com a Câmara Municipal'', declara o presidente do sindicato.
Ainda, de acordo com o Sindicato, o PAI atende 3.800 crianças por mês, vindas de 30 bairros das regiões Leste e Nordeste da cidade. A diretora de Saúde do Sindicato, Deise Medeiros, informou que foi realizada nesta sexta-feira, uma reunião com o Conselho Municipal de Saúde. Segundo ela, uma visita até o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus foi marcada para segunda-feira (22) juntamente com a Secretaria de Saúde do município para averiguar as condições do local. Ainda de acordo com a diretora de Saúde do Sindicato, a transferência de local irá afetar as crianças moradoras das regiões Leste e Nordeste. “Essas regiões correspondem a 30 bairros. Esses 30 bairros ficarão sem a cobertura de atendimento infantil. O novo local irá atender a população com um poder aquisitivo maior e os que são mais pobres não vão conseguir o atendimento.” pontua ela.
De acordo com Deise, o Sindicato não é contra a mudança do Pronto Atendimento. Para ela, a Prefeitura dispõe de outros imóveis na mesma região onde fica localizado o PAI que podem ser usados no atendimento às crianças e que não há necessidade de se ocupar um espaço que pertence à iniciativa privada. “O prédio funciona há 20 anos e precisa de uma reformulação. O que a gente precisa é discutir novos lugares. O que a gente não quer é que aquela região fique desassistida. O atendimento nas regiões leste e nordeste não podem ser abolidos. O que a gente quer é que a Unidade Atendimento Infantil tenha uma gestão genuinamente pública.” conclui.
Sobre os profissionais que trabalham no PAI, atualmente são 52 funcionários que podem ser realocados para o novo espaço. Conforme o Sindicato, durante a manifestação ocorrida na manhã desta sexta, o vereador Juraci Scheffer (PT), teria proposto uma Audiência Pública para que o assunto fosse tratado.
Para o vice-presidente do Sindicato, Cosme Nogueira, a alegação dada pela Secretaria de Saúde da PJF é que a mudança para um novo espaço seria uma forma de atender melhor os usuários. Segundo ele, seria necessário apresentar um balanço para que justificasse a mudança. “Isso caracteriza uma terceirização do serviço. Não dá pra aceitar essa decisão da Prefeitura, que não teve um debate com as entidades.” Ainda de acordo com Cosme Nogueira, haverá outros atos promovidos pelo Sindicato contra a decisão da Prefeitura.
Uma reunião está marcada para o dia 24 de agosto. O encontro promovido pelo Conselho Municipal de Saúde irá discutir e deliberar a transferência do Pronto Atendimento Infantil (PAI) para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus. O encontro terá a presença do Secretário De Saúde, Ivan Chebli. Outras pautas também serão discutidas, como a vocação do Hospital Regional e andamento das obras. O encontro está marcado para às 18h30.
Procuramos a Prefeitura para um posicionamento sobre a questão. Mas até o fechamento desta reportagem, não tivemos retorno.
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manifestação | Prefeitura | Unidade de Pronto Atendimento Infantil
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