A procura por vagas suplementares imediatas para as creches foi muito superior às expectativas que a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) tinha para esse público. Muitas pessoas chegaram cedo à porta da Secretaria de Educação na manhã desta segunda-feira (5), para garantir atendimento. A fila contornou a Praça da Estação e ultrapassava a fachada do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM).
Conforme anunciado pela pasta, haveria distribuição de 30 senhas para o período da manhã, mas diante da demanda, a PJF ampliou o atendimento para tarde e divulgou que realizou 133 matrículas e divulgou que abriu 200 senhas para esta terça-feira (6), para as pessoas que estiveram na sede da Secretaria de Educação. Novas senhas, segundo a Prefeitura, serão disponibilizadas a partir da quinta-feira (8).
As vagas são destinadas a crianças de zero a três anos, cujos responsáveis não participaram do Cadastramento Regular de Creches em 2021. Como salientou a pasta, não há possibilidade de formar fila de espera, já que a inscrição é para vagas diretas em 29 instituições parceiras da PJF. As oportunidades são oriundas de desistências, mudanças de endereço e outras situações que há a escolha da família por abrir mão da vaga.
A procura ocorreu após a Secretaria divulgar que zerou a fila de espera para crianças cadastradas no ano passado. Situação que permitiu, conforme o município, a disponibilização de matrículas suplementares. A Prefeitura ainda anunciou que um novo cadastramento para vagas de creche, referente ao ano de 2023, tem previsão para a segunda quinzena de outubro seguindo os critérios relacionados ao chamamento deste ano. O documento com as instituições com vagas disponíveis está no site.
Uma mulher que chegou na fila às 6h e pediu para que sua identidade seja resguardada, relatou à ACESSA.COM, que muitas pessoas compareceram acompanhadas de seus filhos. “Eu preciso tentar uma vaga para a minha bebê, pois tenho que arrumar um emprego. Eu sou parte da população de Juiz de Fora, que é mãe sem rede de apoio.” Ela conta que tentava uma oportunidade para o Bairro Santa Luzia, mas para a localidade não havia mais vagas.
A massoterapeuta Joana D’Arc Piazzi, que estava em busca de uma vaga para o filho, de 2 anos, desde março, acredita que esse processo de destinação das vagas suplementares poderia ter ocorrido de maneira diferente. “São muitas mães que, assim como eu, precisam dessas vagas. Mas muitas não têm disponibilidade para permanecer na fila, por causa do horário de trabalho. Poderia ser feito o atendimento online. Muitas pessoas tiveram que sair da fila, não conseguiram sequer pegar a senha. Elas vão ficar sem atendimento?”, questiona.
Ainda de acordo com Joana, há uma preocupação das pessoas com o atendimento de crianças com mais de 3 anos. “Isso vai gerar muitos problemas. Ao meu ver, essas vagas já tinham que ter sido liberadas há muito tempo. Porque já estamos quase em 2023".
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