A falta de água causada pelo reparo na 2ª adutora da Cesama ainda afeta moradores de alguns bairros da cidade, entre eles, Solidariedade, Santa Rita, Mundo Novo e Santa Luzia, onde os relatos de dificuldades  causados pela falta do recurso hídrico continuam. 

A Escola Estadual Maria de Magalhães Pinto, situada no Santa Luzia, precisou suspender as aulas nos turnos da manhã e da tarde pela falta de água, tanto nesta sexta-feira (3), quanto na quinta-feira (2). Em comunicados publicados na página da instituição, a direção reforçou estar em contato constante com a Companhia para atualizar a situação. Durante a tarde desta sexta-feira (3), no entanto, a instituição ressaltou que diante da perspectiva de normalização da distribuição, as aulas serão retomadas nos dois turnos na segunda-feira (6).

A aposentada Maria Elizabeth Meneghelli, moradora do Parque Jardim da Serra, se preocupou em economizar o recurso quando a Prefeitura avisou sobre a obra, no entanto, ela continuou precisando encontrar meios para driblar a necessidade de água. "Me prejudicou em vários sentidos. A rotina da casa foi toda afetada. Estamos usando a água da piscina para lavar as coisas e usar a descarga", conta.

O jornalista Zilvan Martins comenta que a falta de água ocorre desde a noite da quinta-feira (2) e permanece ao longo da sexta-feira (3). "Prejudica o dia a dia, não tinha água para fazer o café. Tive que ir na rua para almoçar, não tinha como usar o banheiro. Até água para o cachorro, tive que comprar na padaria, porque não tinha." Em função da procura por água minera na região, segundo Zilvan, por pouco não consegue encontrar o produto na prateleira do comércio. Havia poucas unidades, quando ele foi procurar.

De acordo com a Cesama, o sistema de abastecimento da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) apresenta significativa recuperação nesta sexta-feira (3). Ainda de acordo com a Cesama, as regiões Norte, Nordeste, Noroeste, Leste, Sudeste e Centro já estão com o sistema normalizado, exceto os bairros São Mateus e Mundo Novo, que continuam em regularização gradativa. A região Oeste também apresenta ótima recuperação, com exceção do Bairro Aeroporto, cujo restabelecimento está mais lento, porém contínuo. A Região Sul ainda tem algumas áreas de desabastecimento.

A Cesama salienta que partes mais altas e extremidades de redes (pontos finais da tubulação), geralmente, tendem a levar um tempo maior para recuperação total. Por isso, a companhia reforça que continua realizando manobras no sistema para equilibrar a distribuição de água no município, priorizando as regiões que ainda apresentam falta d'água.

A companhia orienta que regularização plena do fornecimento de água depende diretamente do consumo da população. Ainda que o tempo esteja quente, a companhia reforça o pedido de economia de água para moradores das áreas em que o abastecimento já está normalizado.

O diretor-presidente da Cesama, Júlio César Teixeira enviou um comunicado a respeito da obra, dos transtornos causados pelo reparo e sobre os próximos passos para que esse tipo de situação não se repita. "Dirijo-me aos moradores e moradoras de Juiz de Fora que ainda estão enfrentando falta d'água. Na última segunda-feira (28) houve um grande vazamento na segunda adutora, construída em 1970. A Cesama trabalhou incansavelmente, o vazamento foi estancado, mas a cidade é muito grande. Então, para que haja equilíbrio, no sistema de abastecimento, são necessários alguns dias. Nós reconhecemos que esse problema tem trazido transtornos para a população, temos trabalhado para normalizar o sistema, disponibilizando caminhões pipa, para hospitais e escolas, instituições de longa permanência, bem como fazendo manobras para que os problemas e os transtornos sejam sentidos o menos possível. Nesse final de semana, tudo indica que o problema estará superado. Ao mesmo tempo, quero anunciar que, em breve, a cidade vai estar recebendo a quarta adutora,  que é uma tubulação que está sendo construída desde a Zona Norte, até o centro da cidade. Essa quarta adutora vem substituir a segunda adutora que foi construída em 1970, de tal forma, que daqui para frente, nós teremos mais segurança hídrica e problemas como esse jamais se repetirão. Aproveito a oportunidade para mais uma vez  pedir desculpas a todas as pessoas que enfrentaram transtornos nesses últimos dias. Segunda feira houve um grande vazamento na 2ª adutora construída em 1970".

 

 

 


Arquivo pessoal Zilvan Martins - Moradores continuam relatando falta d´água em diversos bairros da cidade

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