Campeã da Libertadores, Medalhista Parapanamericano, Promessa do Vôlei, Campeão Brasileiro de Seleções e da UEFA Champions League, Campeã Brasileira de Triathlo, Campeão da Liga dos Campeões da Europa de Handball. Já descobriu quem são esses atletas? Ainda não né, mas vou te dar uma dica, uma coisa que todos eles tem em comum: Juiz de Fora. 

No aniversário da cidade, a reportagem do Portal Acessa.com conversou com atletas que encontraram em Juiz de Fora a paixão pelo esporte e conquistaram títulos no Brasil e mundo afora.

MARINA LOURES, A CAMPEÃ DA AMÉRICA

Se você acompanha o futsal da cidade com certeza já ouviu falar desse nome, Marina Loures. A atleta juiz-forana é multi-campeã e se destaca na modalidade Brasil afora. Para a Reportagem do Portal Acessa.com, Marina contou como começou a jogar futsal, por que continuou no esporte, o momento mais marcante da carreira e, claro, a importância de Juiz de Fora em sua vida. Confira. 

Repórter: Marina, quando você começou a jogar Futsal?

Marina: Eu comecei a jogar diferente do que a maioria das meninas né. Eu comecei a jogar já numa escolinha de futsal, mas era masculino. Eu não tive aquela coisa de "ah comecei jogando bola na rua com os meninos". Já comecei treinando, com seis anos, porque o meu pai tinha uma escolinha de futsal e até os treze treinei só com os meninos. Depois meu pai fez um time feminino e a gente ganhou uma competição, que é uma bem tradicional em JF, que é a Copa Bahamas, na época infantil ainda, há vinte anos atrás e aí comecei a descobrir a parte feminina do Futsal. Recebi convite de escolas, de outros clubes e fui jogando e com 16 anos já comecei a jogar JIMI (Jogos do interior de Mina) e comecei a ver o que era uma competição estadual, o nível que era e já sabia que eu queria isso pra minha vida. Eu queria competir, sou bem competitiva, e foi dali que começou, posso dizer assim, a minha carreira no no futsal.

Repórter: Qual o momento mais marcante da sua carreira até hoje?

Marina: Sobre o momento mais marcante não tem como não falar que é o o título da Libertadores da América em 2019, que é uma competição a nível internacional, e da forma que foi, do jeito que foi, minha família presente então, sem dúvida a Libertadores, ser campeã da América, engrandeceu muito o meu currículo.

Repórter: Qual a importância de Juiz de Fora na sua vida?

Marina: A questão de Juiz de Fora na minha trajetória é que eu sempre quis ser reconhecida na minha cidade igual no meu estado né? E quando eu fui campeã mineira pra mim foi a realização de um sonho, mesmo depois de já ter sido campeã paulista e campeã paranaense, foi realmente incrível. Com isso foi acontecendo as questões de reconhecimento em Juiz de Fora por parte da imprensa, por parte dos órgãos públicos. Ganhei o Mérito Esportivo Panathlon e minha família toda se emocionou, ficou muito feliz. Em Juiz de Fora foi quando eu iniciei realmente nas competições, a nível estadual, regional, onde joguei no Machado Sobrinho os Jogos do Interior de Minas com professor Gleyson, isso me deu realmente uma visibilidade grande lá atrás, infelizmente tive que sair de JF pra ser reconhecida na cidade, mas faz parte também e depois do título da Libertadores isso ficou ainda mais forte. Hoje, graças a Deus, tenho um reconhecimento e um respeito muito grande no esporte de Juiz de Fora e isso, pra mim, é muito importante porque é uma cidade que tem muito talento e estar entre essas feras é muito gratificante pra mim. 

FOTO: Redes Sociais - Marina com a Taça de Campeã da Libertadores da América em 2019

ALEXANDRE ANK, O MEDALHISTA PARAPANAMERICANO E DE TANTAS OUTRAS MEDALHAS QUE PERDEMOS A CONTA

Medalha de ouro, prata e bronze em Parapanamericano, Jogos Paralímpicos em Pequim, inúmeras medalhas nacionais e de uma história inspiradora. Esse é Alexandre Ank, nascido em Bicas, mas que em Juiz de Fora encontrou sua paixão pelo tênis de mesa. 

Aos 17 anos, Alexandre sofreu um acidente que o deixou paraplégico e começou por acaso no tênis de mesa. Alexandre falou sobre sua carreira no esporte, títulos e claro, como Juiz de Fora faz parte da sua vida.

Repórter: Como você começou no tênis de mesa?

Alexandre: Eu comecei no tênis de mesa por acaso e conhecia a modalidade como ping-pong, por ter jogado na escola, na igreja, no clube e em outros lugares. Tudo começou em Uberlândia, onde fui competir nos Jogos Abertos Brasileiros Paradesportivos, na natação. Durante os dias em que estive lá, também participei da modalidade de tênis de mesa, na categoria iniciante, por desistência de um competidor. O resultado foi animador, posso dizer até surpreendente. Fiquei em 3º lugar geral e pude trazer uma medalha de ouro no iniciante pra casa, o que me fez desistir da natação e levar a sério o tênis de mesa. 

Repórter: Qual a conquista mais marcante da sua carreira?

Alexandre: Hoje, aos 43 anos, 20 anos de carreira na modalidade, já participei de diversas competições e tenho minhas próximas metas pessoais, mas os momentos mais importantes foram a conquista da medalha de bronze individual no Parapanamericano no Rio em 2007 e da medalha de ouro por equipes na mesma competição e minha participação na Paraolimpíada de Pequim em 2008.

Repórter: Qual a importância de Juiz de Fora na sua vida?

Alexandre: Juiz de Fora e meus Patrocinadores Aabbjf, Faculdade Suprema, Programa Bolsa Atleta, meus parceiros Coloplast Incontinência, Saúde Integrada, Só Porta são fundamentais para minha carreira e conquista dos principais resultados a nível nacional e internacional. Conto também com o carinho da família amigos e à População de Juiz de Fora que é fundamental pra alcançar grandes feitos no esporte.

Quando a gente falou que perdeu a conta de quantas medalhas Alexandre já conquistou não estávamos mentindo. Ank conquistou 38 títulos nacionais e mais de 30 títulos internacionais! Por conta de sua trajetória no esporte, Alexandre já recebeu homenagens especiais como o Troféu Homenagem Especial 30 anos Educação Física UFJF em 2003, o Mérito Esportivo Panathlon Juiz de Fora em 2002, 2003, 2005, 2006, 2008, 2009, 2016 e 2019, Mérito Legislativo em 2008 na Câmara Municipal de Juiz de Fora, Prêmio Brasil Paraolímpico em 2007 pelas medalhas de ouro e bronze no Parapan do Rio em 2007, Medalha Da Inconfidência Mineiro em 2009 e o Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld em 2015.

FOTO: Redes Sociais - Alexandre Ank (primeiro à esq.) com a equipe que conquistou a medalha de ouro por equipes no parapanamericano no Rio em 2007

 

ELIAB AUGUSTUS, A PROMESSA QUE COMEÇOU A JOGAR VÔLEI DEPOIS DE UM SONHO

Eliab Augustus de Melo Correa quando era criança sonhou que estava jogando vôlei e com apenas 15 anos já está na Seleção Brasileira. Temos certeza que você ainda vai ouvir falar muito nesse nome. 

Repórter: Como você começou no esporte?

Eliab: Comecei no vôlei depois de sonhar que estava jogando e como eu só tinha 8 anos tive que aguardar para começar a treinar. Daí surgiu oportunidade de começar em um projeto no Clube Bom Pastor que priorizava escolas públicas e treino no Bom Pastor desde julho de 2017.

Repórter: Qual a importância de Juiz de Fora na sua vida?

Eliab:  Minha cidade é importante pra mim em tudo pois é aqui onde sempre vivi, me criei e me apaixonei pelo esporte que prático.

Repórter: Como está sendo sua trajetória no esporte?

Eliab: 2023 está sendo um ano de muitas conquistas, pois fui selecionado para a Seleção Mineira de Vôlei Sub-16 e disputei a CBS e conquistei o 5° lugar. Duas semanas depois teve a Copa JF e tivemos um o bom desempenho conquistando o 2º lugar na categoria sub-16 e 3º lugar na Sub-19. Agora, há menos de um mês, fui convocado para a Seleção Brasileira Sub-17 e já iniciei no treinamento para o Sul-Americano.

FOTO: Redes Sociais - Eliab Augustus, sonhou que jogava vôlei quando criança e aos 15 anos, recém completados, integra a seleção mineira de Vôlei sub-17

LÉO SANTANA, O CAMPEÃO COM A SELEÇÃO BRASILEIRA E DA UEFA CHAMPIONS LEAGUE

Se você acompanha futsal, certamente já ouviu falar desse nome, Leonado Santana. Atleta nascido em Juiz de Fora, começou no esporte em um projeto social no bairro Nossa Senhora das Graças e conquistou a UEFA Champions League quando jogava no Barcelona. Além do Barcelona, Santana já passou por São Bernardo, Praia Clube, pela Rússia e atualmente joga no ElPozo Murcia da Espanha. Leo contou sobre seu início no esporte, momentos inesquecíveis e ressaltou como Juiz de Fora é essencial em sua vida. 

Repórter: Como você iniciou no Futsal?

Leonardo: Comecei ainda criança em um projeto social no bairro Nossa Senhora das Graças em JF, através desse projeto joguei a Copa Bahamas um dos primeiros jogos foi contra o Sport Club, nesse jogo já despertei interesse do Sport e fui pra lá. O Sport me deu respaldo na minha infância para praticar o futsal e ver as possibilidades. Depois do Sport passei pelo São Bernardo, AABB em Juiz de Fora, Praia Clube em Uberlândia, pra Rússia, Barcelona e hoje estou no ElPozo Murcia aqui da Espanha. O futsal me deu tudo que tenho como homem e atleta. Aprendi muita coisa de diferentes culturas e tudo através do futsal. Acho que não sei fazer outra a não ser jogar futsal e espero continuar por bastante tempo

Repórter: Qual o título mais marcante e o momento mais inesquecível da sua carreira?

Leonardo: Tenho muitos títulos marcantes e gostaria de citar que acho que o primeiro marcante mesmo foi o Brasileiro de Seleções. Pouca gente lembra, mas esse foi um campeonato que Juiz de Fora estava representando o estado de Minas Gerais e ganhar esse título na base foi muito legal e muito importante. Todos os meus amigos, toda a minha família estavam lá e por ter sido em JF foi muito especial. O JIMI que eu ganhei com o time de Juiz de Fora e hoje são todos os meus amigos e estamos sempre juntos. Também não tem como não citar a Champions League com o Barcelona, que foi um lugar que eu conquistei todos os títulos da Espanha, como a Copa do Rei e a Copa da Espanha, mas o mais importante foi Grand Prix com a com a Seleção Brasileira e foi muito especial, pois a minha família estava toda lá. O momento mais inesquecível pra mim foi a minha despedida do Barcelona quando eles fizeram uma homenagem pra mim e do ginásio todo cantando meu nome

Repórter: Qual a importância de Juiz de Fora na sua vida?

Leonardo: Eu sempre brinco que, pra mim, é a melhor cidade do mundo e eu posso dizer que já conheci muitas cidades mundo afora. Juiz de Fora tem uma importância enorme pra mim porque é a minha essência, de onde eu vim, onde eu aprendi muitas coisas e é uma cidade que eu eu vejo que tem um carinho especial por mim. Quando estou na cidade as pessoas me chamam pra ir nas escolas, em eventos e eu sinto que que a cidade também tem esse esse mesmo carinho comigo como que eu tenho pela cidade. 

FOTO: Redes Sociais - Leo Santana conquistou o Gran Prix com a seleção brasileira e cita esse momento como um dos mais inesquecíveis da sua carreira

THIAGUS PETRUS, O CAMPEÃO DA LIGA DOS CAMPEÕES DA EUROPA E DA SELEÇÃO BRASILEIRA

Do início na escola até a Seleção Brasileira o handball em Juiz de Fora tem nome e sobrenome, Thiagus Petrus. O atleta juiz-forano, já morou no Santa Luzia, Cruzeiro do Sul e Parque Independência e foi na Escola Sebastião Patrus de Souza que começou a jogar handball e de lá não parou mais. Conversamos com Thuagus sobre seu início no esporte e sua trajetória, falou sobre seleção brasileira e, obviamente, o que é Juiz de Fora pra ele. 

Repórter: Como você começou no handball? Conta um pouco sobre sua trajetória no esporte.

Thiagus: Comecei com o pessoal da minha sala na escola que jogava handball. Comecei a jogar depois das aulas e em 2004 fui jogar no Olímpico e fiquei lá até 2006. Em 2007 fiz um teste no Pinheiros em São Paulo, passei e fiquei lá até 2011, onde fui sub-18 e joguei no principal. Durante os cinco anos que fiquei lá ganhei o Campeonato Paulista, Liga Nacional e o Panamericano de Clubes. Em 2011 tive ofertas para jogar fora e escolhi a Espanha. Joguei no Naturhouse La Rioja, e foi onde dei meu primeiro salto. Fiquei seis anos lá e fui vice-campeão da Copa do Rei e segundo colocado da Liga. Depois fui para a Hungria, no  Malbec Sagger, e fiquei três anos lá. Ganhei a liga e o esporte lá e muito popular. Quando ganhamos a liga na temporada 17/18 fazia dez anos que o time não ganhava a liga e foi sensacional. Em 2018 voltei para a Espanha, jogo no Barcelona, e aqui já ganhei todos os títulos que eu poderia ganhar, Copa da Catalunha, Liga Espanhola, Copa do Rei, Copa Sobal, Super Copa da Espanha mundial de clubes e ganhei também a Liga dos Campeões da Europa que é um dos principais dos principais ou principal título do mundo no handball. 

Repórter: Qual a sua trajetória na Seleção Brasileira?

Thiagus: Eu jogo na Seleção desde 2007, pela seleção juvenil. Em 2008 e 2009 fiquei na júnior e desde 2010 jogo na seleção principal. Já participei de inúmeros campeonatos e joguei as Olimpíadas do Rio (2016) e de Tóquio (2021). Joguei os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Toronto e Lima e esse ano vamos disputar o Pan Americano de Santiago. 

Repórter: O que Juiz de Fora é pra você?

Thiagus: Juiz de Fora pra mim é minha casa, de onde eu vim, onde tenho meus amigos de infância, onde está a minha família até hoje. Tenho um carinho muito grande e todas as férias que eu tenho eu vou pra Juiz de Fora, visito meus amigos, visito minha família. A cidade pra mim é bem especial, por mais que não tenha muitos pontos turísticos, mas é minha casa, meu lar e aonde eu me sinto bem.

FOTO: Redes Sociais - Thiagus já vestiu as cores da Seleção Brasileira e foi Campeão da Liga dos Campeões da Europa.

ANDRESSA MIANA, A CAMPEÃ BRASILEIRA DE TRIATHLO

Acredite se quiser, mas Andressa começou no Triathlo há apenas dois anos. Foi em 2021 que ela entrou de vez para o mundo Tri e em apenas um ano se tornou Campeã Brasileira de Triathlo Sprint e garantiu vaga no Mundial que acontece em Julho na Alemanha.

Andressa contou sobre seu início no Triathlo, falou como foi se classificar para o seu primeiro Mundial e relatou sobre as suas melhores lembranças com Juiz de Fora. 

Repórter: Como você começou no Triathlo?

Andressa: Comecei a nadar com sete meses de vida e a correr em 2018 e em  2021 o Triatlo acabou tomando forma. Comecei a fazer treino conjugado, de nadar e correr e depois comecei a pesquisar mais sobre o triatlo. Eu sempre falei, mas nunca tive coragem de colocar em prática, então pensei "Por que não o triatlo? Sempre que comecei a praticar um esporte queria fazer mais então me encontrei no triatlo. Em 2022 fui campeã Brasileira na minha categoria, 20/24 anos, e me classifiquei para o mundial. 

Repórter: Como foi se classificar para o mundial?

Andressa: Classificar para o mundial foi incrível, afinal pratico o esporte há mais ou menos um ano e quatro meses e eu não esperava esse resultado. Fiz o brasileiro para ter a experiência de competir com gente grande, mas eu não imaginava ir bem e conseguir a classificação nas três etapas do brasileiro, pegar pódio nas três etapas e ainda ser a campeã brasileira de Triatlo Sprint. É incrível ainda não estou acreditando e estou muito feliz de ter conseguido essa vaga e poder representar o país e a minha cidade. É uma felicidade que não cabe em mim, pois isso só mostra, em tão pouco tempo, que todo o esforço e dedicação valeram a pena. Eu abri mão de muita coisa estar onde estou e conquistar o que estou conquistando. Não cheguei onde quero, ainda falta muita coisa, mas fico muito feliz, estou honrada e muito grata

Repórter: Quais as suas melhores lembranças com Juiz de Fora?

Andressa: As melhores lembranças são com esportes, das prova. Um momento muito marcante na cidade pra mim, foi uma prova de Triathlon que fiz este ano em fevereiro SSTS Triathlon, onde fui vice-campeã geral. Juiz de Fora é minha casa, meu lar, onde está minha família. 

FOTO: Acervo Pessoal - Andressa Miana é Campeã Brasileira de Triatlo Sprint

Redes Sociais - Marina com a Taça de Campeã da Libertadores da América em 2019

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