Usuários têm relatado problemas em marcações de exames e consultas do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), que é um serviço que tem como finalidade prestar assistência previdenciária, além de assistência médica, hospitalar, farmacêutica e odontológica aos seus beneficiários.
O Portal recebeu, através do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (SINDPÚBLICOS-MG), uma denúncia que diz respeito à dificuldade que os beneficiários do plano têm para realizar seus agendamentos. “Recebemos com frequência reclamações dos usuários do Ipsemg sobre o atendimento telefônico que é feito no número 155, opção 3. Essa é a forma de agendar consultas e exames na rede própria, mas tem se mostrado difícil e infrutífera.”
Dificuldades encontrados
Um dos problemas apontados é com relação à falta de vagas por se tratar de um sistema de cotas mensais, onde cada clínica credenciada recebe uma quantidade de vagas no início de cada mês e que se esgotam com rapidez.
Essa denúncia foi reportada ao SINDPÙBLICO de Belo Horizonte, porém a situação na cidade de Juiz de Fora não é diferente. Uma servidora, que preferiu não se identificar, residente e trabalha na cidade, relata a dificuldade que encontra para conseguir agendar suas consultas: “Todas as vezes que eu preciso fazer um agendamento preciso ficar atenta ao calendário. Sempre no primeiro dia do mês bem cedo eu ligo para as clínicas que preciso e agendo. Nem sempre consigo, e isso é frustante. A minha filha mesmo precisou agendar um oftalmologista que só teria vagas daqui dois meses por causa do sistema de cotas, eu acho que esse sistema não dá vazão para os servidores públicos, mesmo pagando para que ele funcione.”
Cotas
O sindicato destacou que as cotas são os valores que cada lugar credenciado ao Ipsemg recebe todo início de mês para oferecer os serviços contratados, porém essas são insuficientes para atender a demanda. Somado a isso, muitas clínicas ainda alegam que as cotas acabaram, mas oferecem a consulta ou exame “mais barato”.
Os usuários insatisfeitos recorreram ao Sindicato em busca de ajuda por se sentirem desrespeitados ao pagarem por um plano de saúde e passarem pelas situações acima citadas. O valor pago por cada usuário é descontado na folha de pagamento do servidor, e é proporcional ao seu salário.
Geraldo Henrique, do Departamento de Comunicação do SINDPÚBLICOS, acredita que o IPSEMG tem passado por momentos críticos. “Existem problemas na realização do atendimento a exames de imagem, como também a realização de consultas eletivas em toda rede, devido a realização pelas clínicas credenciadas serem pelo sistema de cotas, ou seja, se acaba a cota não tem como fazer o atendimento aos usuários. Aí tem de se esperar o mês seguinte para o usuário tentar novamente a realização do exame ou da consulta”, reforça.
O Portal entrou em contato com o IPSEMG, porém até o fechamento da reportagem não obteve retorno.
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