Na primeira fase da “Operação Avalanche” realizada ao longo desta semana em Juiz de Fora, cerca de 60 policiais em uma força tarefa cumpriram 18 mandados de busca e apreensão. A ação ocorreu em endereços de pessoas ligadas ao Comando Vermelho (CV), facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro e ao Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo oriundo de São Paulo, que trouxeram células criminosas não só para Juiz de Fora, como para outros municípios da Zona da Mata. Além do envolvimento com o tráfico de drogas, o objetivo é combater toda a cadeia de crimes que está associada à essa prática, como crimes patrimoniais, homicídios e lavagem de dinheiro.

Em coletiva realizada nesta sexta-feira (15), a Polícia Civil apresentou o contexto de enfrentamento entre facções que chegou à cidade e à região e traz uma série de crimes relacionados, por conta das disputas por pontos de vendas de drogas. Os policiais mapearam os locais em que grupos autointitulados pertencentes ao PCC ou ao CV estão alocados e iniciaram as ações para prender os suspeitos e retirar o material usado para o crime de circulação. Além dos braços dos grupos do Rio de Janeiro e São Paulo, há também criminosos ligados a grupos do Nordeste e do Triângulo Mineiro, porém, o delegado Márcio Rocha evitou dar detalhes, para não atrapalhar o andamento das apurações.

A primeira ação aconteceu na quarta-feira (13), em um endereço do Bairro Passos, Zona Sul de Juiz de Fora, onde residia um dos gerentes do líder do CV na região. No local foram apreendidos 80 pinos de cocaína, além de roupas camufladas utilizadas para ações noturnas, uma suspeita de 46 anos foi presa no imóvel. Ao longo da semana, também foram apreendidas duas armas de fogo.

Nesta sexta-feira, enquanto ocorria a coletiva, um jovem de 19 anos, oriundo do Bairro Vila Esperança, Zona Norte, se apresentou como autor do homicídio de um homem de 26 anos e também está relacionado ao tráfico e às facções criminosas.

“O crime organizado está interconectado, o que contribui muito para a comunicação, em especial, com o Rio de Janeiro. Estamos monitorando”, destacou o delegado Márcio Rocha. Ele explicou que as investigações continuam e que a população pode cooperar com o trabalho policial, apresentando informações direto na Delegacia ou ainda por meio do disque-denúncia (181) ou ainda pelas redes sociais da Polícia Civil.

A operação contou com o apoio do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) da PCMG em Belo Horizonte, da Coordenação de Operações com Cães (COC) e da Coordenação Aerotática (CAT), além do 4º Departamento de Polícia Civil. 

Renan Ribeiro - Operação conjunta visa a desarticular organizações criminosas em Juiz de Fora

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