Nessa segunda-feira (25), a Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) realizou uma audiência pública onde foi discutido o problema da falta de acessibilidade nos espaços públicos e privados da cidade. O encontro foi requerido pelos vereadores Maurício Delgado (UNIÃO), Bejani Júnior (PODE), Juraci Scheffer (PT), Laiz Perrut (PT), Nilton Militão (PSD), Tallia Sobral (PSOL) e Tiago Bonecão (CIDADANIA).
Durante a sua fala de abertura, Maurício Delgado destacou que o espaço é uma oportunidade para que as pessoas com deficiência sejam ouvidas: “Os deficientes clamam por comunicação, pensar políticas públicas sem escutar essas pessoas é impossível”, destacou, lembrando que pessoas com deficiência enfrentam dificuldades para receber atendimento em repartições públicas, sem intérpretes e sem adaptações para recebê-los.
“Não é possível mais aceitar essa violação de nossos direitos”, é o que disse a vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência Maria Valéria Andrade. Na audiência, ela lembrou que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostra que 18,6% da população brasileira com idade entre 2 anos e 60 anos têm alguma deficiência, sendo 10% compostos de mulheres. Do total, 18,4% são pretos e pardos e 20%, analfabetos. Com relação à natureza do emprego, 29% exercem trabalhos com baixa remuneração e 60% estão na informalidade. O rendimento médio de um trabalhador com deficiência é de R$1.860 mensais.
Segundo o Legislativo, durante a audiência, o secretário de Saúde Ivan Chebli esteve na audiência e respondeu nominalmente todos os questionamentos recebidos, principalmente sobre humanização nos atendimentos em Unidades Básicas de Saúde e acessibilidade na arquitetura dos equipamentos públicos, se mostrando aberto ao diálogo, “para que a gente melhore os serviços de acolhimento às pessoas com deficiência”.
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