Trabalhadores de estabelecimentos na Avenida Presidente Itamar Franco, entre a Avenida Rio Branco e a Rua Batista de Oliveira, em Juiz de Fora, estão preocupados com o fim das vagas de estacionamento no trecho. O diretor-geral do Colégio Stella Matutina, Edgar de Paula, também demonstrou preocupação principalmente por causa dos alunos com deficiência. A escola organizou um abaixo-assinado sobre o tema.
Em imagem compartilhada em rede sociais nesta semana, é possível ver que placas de proibido parar/estacionar foram colocadas na via. A reportagem procurou a Prefeitura na terça-feira (26) sobre a decisão, mas não obteve retorno.
Ao Acessa, Edgar afirmou que em nenhum momento o colégio foi consultado sobre o impacto que a retirada do estacionamento poderia causar.
“Hoje nós temos 580 estudantes da educação infantil ao ensino médio. Cerca de 5% da base da alunos, quase 30 alunos, são estudantes com alguma necessidade especial de atendimento, seja de locomoção, de capacidade sócio-emocional, por limitação intelectual. Temos alunos cadeirantes, que utilizam equipamentos que facilitam a locomoção, que precisam usar bengala, e a arquitetura da cidade não favorece a acessibilidade. Essas pessoas precisam parar o carro em frente à instituição de ensino para que elas possam se locomover, entrar e sair da escola. Outro detalhe importante que são 98 funcionários, colaboradores e professores, ou seja, são mais 98 famílias que precisam chegar à instituição para que possam exercer suas atividades profissionais. Em nenhum momento, em nenhuma instância, por nenhum meio, a instituição de ensino foi consultada para que esse impacto fosse minimizado”, explicou.
Reunião na Câmara
No dia 6 de setembro, os comerciantes conversaram com os vereadores Sargento Mello Casal (PL) e Tiago Bonecão (Cidadania), e o secretário de Mobilidade Urbana, Fernando Tadeu David, sobre o assunto.
Segundo a Câmara, os comerciantes relataram preocupação com a intervenção, principalmente pelo temor de que o encerramento das vagas impacte diretamente nos negócios existentes no trecho. “O consumidor não gastaria com estacionamento privado para fazer uma compra rápida”, afirmaram os comerciantes.
“Por duas vezes eu, pessoalmente, assisti às reuniões na Câmara onde o assunto foi mencionado. A gente colocou a intenção e a necessidade da escola de receber essa atenção da Prefeitura, mas a gente vem sendo ignorado. Neste momento a gente está disponibilizando um abaixo-assinado virtual para que os pais, funcionários e simpatizantes da escola, possam entender o que está acontecendo e colaborar na intenção de sensibilizar o poder público para a necessidade do serviço de estacionamento rotativo nas proximidades da escola”, afirmou o diretor do Stella Matutina.
Fernando Tadeu David afirmou na reunião do dia 6 que a decisão da intervenção foi tomada após estudos, mas que era importante falar sobre o assunto.
“Por dia são realizadas 404 viagens de transporte coletivo no trecho, no sentido Centro-Bairro. É uma via arterial da cidade e carros estacionados impactam diretamente no trânsito”, disse.
Depois da reunião no início do mês, um novo encontro foi marcado para o dia 15 na própria secretaria. Entretanto, segundo a Câmara, este encontro não ocorreu.
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