A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o desaparecimento de uma adolescente de 17 anos que desapareceu de Juiz de Fora e foi localizada em Belo Horizonte no dia 14 de fevereiro. O autor, um homem de 41 anos, foi indiciado por favorecimento de exploração sexual de vulnerável, crime previsto no artigo 218-B do Código Penal, que pode chegar a uma pena de quatro a dez anos de prisão. O procedimento foi remetido à Justiça nesta terça-feira (20).
“É necessário controlar e verificar o que os menores estão acessando, com quem eles estão conversando. O investigado, por meio das conversas, prometia dar uma vida melhor a essa adolescente. Prometia dar roupas e viagens a ela. Na semana passada foi até Juiz de Fora e pegou a jovem e trouxe para Belo Horizonte e ela estava apenas com a roupa do corpo”, alertou a delegada responsável pela investigação, Thaís Degani.
Ela ressaltou ainda que o trabalho rápido da equipe garantiu que a jovem fosse encontrada com a integridade física intacta. Thaís também explicou que, inicialmente, a delegada de plantão, ao receber o caso, entendeu que haveria uma situação de subtração de incapaz.
“Depois que foi feita a investigação, com uma robustez probatória maior, a delegada Thaís, fez oitivas e diligências e, por mais que tivesse consentimento da jovem, para receber vantagens, roupas, viagens, a vida melhor que ela queria, existia ali uma situação de exploração sexual. O adolescente não tem discernimento suficiente para decidir ou opinar sobre o que fazer com o corpo dele”, acrescentou a delegada Renata Ribeiro, chefe da Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente em Belo Horizonte.
As delegadas também disseram que é preciso ter cautela, principalmente, em casos em que há a exposição do rosto e das informações da vítima, como ocorreu, nesse caso.
A jovem saiu para caminhar e trocava mensagens com o autor por aplicativos de mensagens. Ele a pegou sem a autorização para os pais e não retornou. Deixando apenas uma carta. “Ela deu sorte por conta da celeridade do trabalho da Polícia Civil. Esse também é um alerta para os adolescentes. Na internet, nada é o que parece ser. Nesse caso, teve final feliz, mas nem sempre é assim, outras histórias não tiveram. Coisas muito piores poderiam ter acontecido”, afirmou Thaís.
O suspeito, conforme as delegadas, foi ouvido duas vezes. Inicialmente, na quarta-feira de cinzas, optou por ficar em silêncio. Na segunda-feira (12), ele voltou acompanhado do advogado. A adolescente está com a família. Ao chegar na Capital, o homem disse que compraria roupas novas para a garota, mas encontrou as lojas fechadas, conforme a jovem relatou para o Conselho Tutelar. O autor não tem passagens anteriores pela Polícia.
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