Os servidores municipais receberam, nesta sexta-feira (22), uma contraproposta de reajuste salarial da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), porém rejeitaram por não considerarem ser o bastante para encerrar a paralização. Com isso, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpu) afirmou que a greve continua na próxima semana, com um Ato marcado para segunda-feira (25), às 7h, no Pam Marechal.

Este já é o terceiro dia de greve organizado pelo sindicato. O que a categoria, que envolve a limpeza urbana, a saúde e os setores administrativos e de obras, requer é a valorização dos serviços prestados através do aumento de salarial.

A chefe do Executivo, Margarida Salomão, entrou nas negociações e recebeu a comissão de grevistas. Confira a proposta oferecida:

1. Reajuste no valor da totalidade do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período (4,62%) a partir da competência abril, com retroatividade ao mês de janeiro, com parcela de janeiro paga na competência maio, parcela de fevereiro paga na competência junho e parcela de março na competência julho.

2. Reajuste no teto para recebimento do vale-alimentação (VA), passando de R$ 3.960,00 para R$ 4.236,00 (referencia de 3 salários mínimos, como foi praticado no ano passado)

3. Reajuste no valor do VA, indo de R$ 400,00 para R$ 500,00 benefício que assim fica ampliado para 3.050 trabalhadores e trabalhadoras.

Em nota, a Prefeitura esclareceu já ter fechado acordo com o sindicato, tendo encaminhado nesta sexta, à Câmara Municipal, o projeto de lei relativo à situação dos trabalhadores e trabalhadoras da educação do município.

Em resposta a proposta, o presidente do SINSERPU-JF, Francisco "Chiquinho" Carlos da Silva, explicou que este "é um movimento legítimo das demandas e anseios dos servidores que querem ganho real e ticket para todos." Na próxima quarta-feira (27), o movimento chega à Câmara Municipal, às 15h, para uma Audiência Pública.


O tempo preocupa os servidores

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o tempo para que o reajuste salarial dos servidores seja feito é até o dia 8 de abril por causa das eleições municipais de 2024, o que torna o prazo cada vez mais curto para a mudança.

Sobre isso, Chiquinho explica que a situação preocupa, porém conta que, mesmo que as partes não cheguem em um acordo, o sindicato vai lutar pelo IPCA e pela melhora na base de cálculo do ticket. "A legislação é clara: o servidor não precisa ter medo de perder. Mesmo depois da eleição ele pode ser aplicado sem ter o ganho real. Mas vamos tomar todas as providências para que isso seja resolvido antes", finaliza.

Sinserpu - Servidores municipais rejeitam nova proposta da PJF

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