As obras de contenção nos bairros Grajaú 1 e 2, Santa Luzia, Linhares, Parque Independência e Costa Carvalho estão paralisadas desde dezembro de 2021 em Juiz de Fora, na administração da prefeita Margarida Salomão (PT) . Conforme verificado pelo Acessa no Portal da Transparência, as obras somas mais de R$ 9 milhões. A empresa contratada para a execução dos trabalhos é a Preserva Engenharia Ltda.
Conforme documento, a solicitação de reprogramação foi encaminhada à Caixa Econômica Federal e após
aprovação será licitada novamente a obra, porém, a paralisação das obras já completou cerca de 2 anos e 6 meses.
A reportagem questionou a Prefeitura de Juiz de Fora sobre o retorno das obras, mas não houve retorno. A empresa também foi questionada pelo Portal, mas até o fechamento da reportagem, não respondeu aos questionamentos.
As obras de contenção no município são realizadas por meio de recursos obtidos a partir de um convênio firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Prefeitura de Juiz de Fora, inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em 2007, pelo Governo Federal. Os serviços são executados por empresas contratadas sob a fiscalização da Secretaria de Obras (SO) da PJF, priorizando áreas de risco alto e muito alto.
Veja abaixo os detalhes sobre as obras paralisadas:
Cidade já foi considerada referência
No começo da administração da prefeita Margarida, em janeiro de 2021, Juiz de Fora foi considerada referência nacional na execução de obras de contenção de encostas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) do Governo Federal e pela Defesa Civil Nacional.
O reconhecimento foi devido à qualidade e à eficiência empregadas na realização destes serviços, demonstrando comprometimento com os recursos públicos destinados.
Secretário de Obras prometeu retomada em 2023
Em uma Audiência Pública realizada na Câmara Municipal, em Julho de 2023, o secretário de Obras, Lincoln Santos Lima destacou que Juiz de Fora ocupava a 8º posição do país de cidades com problemas de área de risco. “Temos problemas muito grandes e pouco recurso. Tivemos um aporte federal na ordem de R$8 milhões para equacionar os problemas da cidade, mas seria preciso projetos. A primeira coisa foi providenciar projetos e então fizemos uma licitação e uma empresa da região de Belo Horizonte veio a cidade e começou os trabalhos, porém, mesmo prorrogando o prazo a empresa não entregou em tempo, precisamos rescindir o contrato.
Ainda de acordo com o secretário, a Secretaria de Obras estava em processo final de contratação de uma empresa para realizar esses projetos. Lincoln informou que vários bairros seriam beneficiados, no prazo de 90 dias após a contratação.
A reportagem também questionou a Câmara Municipal sobre as obras ainda paralisadas, porém, o Legislativo informou que as fiscalizações são feitas mediante requerimentos ou contato diretamente com algum parlamentar. A última discussão sobre o tema na Câmara foi em julho de 2023.
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