Após sofrer um ataque e ser resgatado por algumas pessoas no sul da Itália, o agente
Robert McCall enxerga uma possibilidade de viver em paz, sem a sombra de seu
passado carregado de fantasmas. Mas o que parecia ser o começo de uma vida
pacífica, logo se torna uma nova oportunidade de trabalho, visto que o vilarejo em que
está instalado, McCall percebe que é dominado pela máfia napolitana.

Ao compor a cúpula dos filmes sobre justiceiros, assim como John Wick, Chamas da
vingança, busca implacável, O novo filme dirigido por Antoine Fuqua, que encerra a
trilogia sobre o ex-agente da CIA, se destaca por compor um roteiro mais humanizado,
em que o personagem principal se vê atormentado pelo seu passado, na ânsia por
redenção.

Isso porque como se denota logo no início da trama, McCall age com uma violência tão
natural ao enfrentar seus inimigos, que tal prática se tornou um hábito tão vicioso e
orgânico, como respirar. E após estar perto da morte, o agente se vê diante uma
oportunidade mínima de encerrar seus dias tranquilamente. E, ao encarar a realidade
do vilarejo em que está, ele percebe que ainda não será o momento de seu expurgo, já
que não encontra outra alternativa, senão se valer de seu talento de justiceiro, nem que
seja pela última vez.
É preciso frisar que este longa possui uma narrativa bem mais coesa do que seus
antecessores, visto que o agente consegue compreender que está diante de algo muito
maior que ele, e que será necessário contar com apoio externo, momento perfeito em
que os admiradores da parceria de Denzel com Dakota Fanning em chamas da vingança, é retomada aqui de forma brilhante e nostálgica.

Muito embora ´sejam personagens diferentes, a relação que se constrói em o protetor é
tão tocante quanto àquela vivenciada na história do vigilante John Creasy, criando uma
atmosfera que equilibra a ação, a tensão com o drama de forma satisfatória.

Ainda, o roteiro coeso, inteligente e ágil, resulta em uma história original, sem destoar
dos outros filmes, mas criando um novo cenário, com cenas ainda mais impressionantes
e realistas, principalmente nas tomadas em que ocorrem os confrontos, muito mais
brutais e impactantes, criando uma atmosfera quase aterrorizante.

E com um desfecho satisfatório, a trama não permite que o espectador se canse,
demonstrando o perfeito equilíbrio entre seus atos, consolidando a trilogia como uma
das melhores do seu gênero.

O protetor: capítulo final é uma obra completa, sem rodeios, com cenas espetaculares
de ação e violência, mas que se permite contar uma história sobre heroísmo, redenção
e recomeço, passeando entre a ação, o drama e a violência de forma equivalente, com
um desfecho perfeito para a sua trajetória, que vale sua atenção no cinema.
Nota: 8.7

 

Divulgação - O protetor - Capitulo Final

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Clayton Inacio da Silva

Séries e Filmes

É advogado empresarial e crítico de cinema. No campo jurídico, atua na esfera administrativa, cível e consumerista, além de elaboração e análise de contratos públicos e privados. Como crítico, analisa e comenta filmes de todos os gêneros, que são lançados no cinema e em plataforma de streaming, além de análises de séries, minisséries, animações e documentários, dando ao público uma pequena dimensão sobre a relevância de cada obra com foco em despertar o interesse pela arte e incentivando à cultura.

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