No feriado de Ação de Graças, em uma loja que prestes a abrir para uma Black Friday, um grupo de jovens acaba provocando um tumulto que resulta em um grave acidente, deixando algumas pessoas feridas e outras mortas. Um ano depois, os jovens começam a ser perseguidos por um misterioso serial Killer mascarado, que iniciam uma corrida contra o tempo para descobrir sua identidade, antes que se tornem a próxima vítima.

Embora possua uma sinopse bastante comum para obras slasher, o novo longa dirigido por Eli Roth (responsável pelos dois primeiros filmes da Trilogia O Albergue) traz um respiro confortável para os filmes do gênero. Isso porque o que se espera de uma história para a proposta apresentada é muito bem servido durante a execução da trama.

A começar pela construção narrativa, que se pauta em um feriado tradicional, consubstanciando assim um marco que pode ser estabelecido para uma possível franquia. Aliado à data, um evento que se tornou tradição e fenômeno mundial, colocando tanto o elenco na evidência da trama, como o telespectador, visto que o mundo quase todo compartilha da data da Black Friday, criando assim um enredo interessante e passível de argumentação reflexiva.

Com excelentes cenas de violência e tensão, o público é enveredado em um uma narrativa onde todos são suspeitos, criando um joguete com o público na tentativa de descobrir quem é o assassino antes que ele se revele, consubstanciando-se assim num divertido e empolgante thriller atual.

Em seu roteiro, há elementos bastante simplórios que seguem um tradicionalismo dos slasher, como decisões imaturas de alguns personagens, uma turma de jovens contendo basicamente os mesmos estereótipos dos colegiais americanos, um personagem que se destaca por sua basbaquice exacerbada, uma protagonista popular e seu drama romântico, mas que se desenvolve criativamente quanto ao seu segmento narrativo. E fica perceptível essa disparidade, quando decisões inesperadas são tomadas por alguns personagens, inclusive do próprio assassino, causando surpresas e ótimos momentos de sustos.

Não obstante, embora não haja novidade quanto aos elementos básicos para filmes do gênero, o longa se consagra em originalidade, ao apresentar motivação lógica e sem exageros para seu vilão, que não necessariamente está centralizada no personagem protagonista, mas que envolve e justifica a perseguição a todas as suas vítimas, elevando sua premissa e seu roteiro.

Feriado Sangrento é um ótimo filme slasher, que entra em circuito sem dever nada a outras obras do terror gore, estabelecendo uma possível franquia de sucesso, carregado de excelentes cenas de violência e tensão, se consolidando como um clássico instantâneo, que vale muito ser visto por quem é fã de obras do gênero.

Nota: 9

Reprodução / Internet - Feriado Sangrento - Filme

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Clayton Inacio da Silva

Séries e Filmes

É advogado empresarial e crítico de cinema. No campo jurídico, atua na esfera administrativa, cível e consumerista, além de elaboração e análise de contratos públicos e privados. Como crítico, analisa e comenta filmes de todos os gêneros, que são lançados no cinema e em plataforma de streaming, além de análises de séries, minisséries, animações e documentários, dando ao público uma pequena dimensão sobre a relevância de cada obra com foco em despertar o interesse pela arte e incentivando à cultura.

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