Olha a matéria abaixo publicada pelo jornal “Folha da Mata”, de Viçosa:
O pedaço de um bolo entregue pelo vereador Daniel Cabral ao prefeito Raimundo Nonato, em protesto pelo abandono do trevo do Mineirão, causou um alvoroço na tarde de quinta-feira, 16, no Centro Administrativo Municipal.
A presença da Polícia Militar foi solicitada na sede da prefeitura após o gabinete receber a embalagem com o bolo. Segundo relato, o vereador teria entregado a embalagem para a assessora de gabinete do prefeito e dito: “aqui um presente para o prefeito”. Na embalagem havia um bilhete com os dizeres “de vereador Daniel Cabral, para Raimundão” e um coração desenhado.
Segundo a polícia, o fato teria gerado receio entre os funcionários da prefeitura, que temiam pela integridade do prefeito, uma vez que o vereador é conhecido por “ser um forte opositor político de Raimundo”.
Os policiais compareceram ao local, abriram a embalagem e constataram que nela continha apenas o bolo de aniversário. Mesmo assim, a ocorrência foi registrada com o objetivo de resguardar a integridade do prefeito, já que o ato foi considerado, pela Administração Municipal, como provocação política.
ENTENDA
O vereador decidiu usar uma forma diferente de protesto para chamar a atenção da Prefeitura de Viçosa para as pendências existentes no trevo do Mineirão. Há um ano, Daniel instalou uma faixa no local, solicitando providências, mas acabou multado pela fiscalização municipal por instalação indevida de publicidade.
Dessa vez, Daniel mandou fazer um bolo com a frase “vai fazer nada não Raimundão?” escrita em cima, em referência ao prefeito Raimundo Nonato Cardoso, do PSD Um pedaço do bolo foi deixado no gabinete do prefeito como forma de protesto.
A construção do trevo, que fica entre as avenidas Marechal Castello Branco e Governador Ozanam Coelho, no bairro Santo Antônio, foi financiada pelo supermercado Mineirão por meio de um termo de cooperação assinado com a Prefeitura, durante a gestão do ex-prefeito Ângelo Chequer. No entanto, a obra apresenta aspecto de inacabada e uma cratera compromete metade da pista, em frente ao supermercado, no sentido para Ubá.
Apesar das reclamações, nem o supermercado nem a Prefeitura querem assumir responsabilidades. Na justiça, tramita um processo movido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o Município de Viçosa para que providências sejam tomadas. Ainda não há previsão para emissão de sentença.
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