A administração da prefeita Margarida Salomão se aproxima do terço final de seu mandato e, a partir de agora, o tabuleiro eleitoral visando às eleições para a Prefeitura de Juiz de Fora deve se movimentar com mais intensidade.

Tudo indica que Margarida deve ser candidata natural a reeleição pelo PT e o vice Kennedy Ribeiro (PV) pode mais uma vez compor a chapa vencedora na última eleição municipal. A disputa, ao que parece, se desenha repleta de nomes que já foram testados no cenário eleitoral e político municipal.

Agora, até o momento, apareceram, de alguma forma, no cenário eleitoral de 2024 – seja postos por eles mesmos ou por terceiros – os nomes do ex-deputado federal Charlles Evangelista (PP), que deve tentar se consolidar como o candidato no outro extremo da atual prefeita em busca dos votos da Direita e dos opositores ao atual Governo.

Outro nome que também pode pintar como provável candidato à Prefeitura de Juiz de Fora é o também ex-deputado federal Júlio Delgado. Júlio, foi recentemente nomeado como secretário parlamentar no gabinete do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Após seis mandatos na Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal, que migrou do PSB para o PV no fim da janela partidária de 2022, não conseguiu se reeleger nas últimas eleições.

A deputada federal Ione Barbosa (Avante) deve ser outra concorrente na eleição do ano que vem, visando à PJF. Eleita pela primeira vez na eleição de 2022, Ione ficou na terceira colocação nas eleições de 2020, recall que a ajudou a vencer os concorrentes à uma vaga na Câmara Federal.

O ex-deputado estadual Isauro Calais (PSC), também articula a sua candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora, em 2024. O movimento é patrocinado pelo deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), que, assim como Calais, tem domicílio eleitoral em Juiz de Fora, onde foi candidato a prefeito em 2016. O ex-deputado estadual está sem mandato desde 2019, quando deixou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) após não se reeleger.

Outros nomes devem aparecer naturalmente na disputa. Pelo Psol, por exemplo, a professora Lorene Figueiredo, deve concorrer outra vez. Do PSTU, a também professora Victória Mello também deve ser candidata.

Apesar dos nomes que vêm sendo ventilados, a corrida ainda é incerta, e não há uma previsibilidade do desempenho dos pré-candidatos, apesar de alguns cenários já começarem a se desenhar.

Outra expectativa é da entrada do governador Romeu Zema (Novo) na disputa, apoiando um candidato. O que não ocorreu em 2020 quando o partido Novo sequer lançou candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora. Mas, como Zema tem pretensões de entrar no cenário nacional na eleição presidencial em 2026 sua participação é aguardada desta vez, especialmente, para reforçar sua oposição ao PT, da atual prefeita Margarida, que para muitos, começa na frente, naturalmente, é uma vantagem dada a quem está à frente da máquina administrativa e também contando com um apoio do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha do ano que vem. Por isso, o partido deve lançar o nome do ex-secretário estadual de saúde, o médico Carlos Eduardo Amaral.

Da Câmara Municipal, hoje dois nomes são ventilados numa possível disputa pela Prefeitura: os vereadores Maurício Delgado (União Brasil), que não deve tentar se reeleger no Legislativo e Sargento Mello Casal (PTB), que pode entrar no jogo dependendo do cenário. Ainda que, no caso dele, uma candidatura à reeleição na Câmara se apresente como mais viável no quadro atual.
Até 2024, no entanto, ou quem sabe ainda em 2023, pode ser que surja uma candidatura fora dos meios políticos tradicionais que entre na disputa para contrapor exatamente a esses quadros, como foi com o empresário Wilson Rezato nas duas últimas eleições municipais e a até então delegada Ione Barbosa, em 2020.

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