Você já se viu em um relacionamento onde, ao invés de ser tratada como parceira, sente-se constantemente assumindo o papel de mãe? Essa é uma dinâmica complexa que pode gerar conflitos emocionais e desgastes na relação.

Você marcou meu médico?, “me acorda amanhã cedo”?, “me ajuda a comer melhor” são algumas das perguntas básicas ditas por ele no seu dia a dia e você nem percebe que está fazendo papel de mãe.

Você trabalha fora, tem uma rotina corrida, mas arranja tempo para decidir o que o seu companheiro vai vestir ou comer e até organiza a agenda dele e adivinha suas vontades. Você pode até achar que amar é cuidar, mas especialistas alertam: é preciso ter atenção para que o instinto maternal e o excesso de carinho não se transformem em inimigo do casal e acabem com toda a parte boa do relacionamento, inclusive a paixão e a libido.

Essa é apenas uma das muitas situações em que o amor romântico se transforma em uma relação de maternidade.

Para identificar esse padrão, é importante prestar atenção aos sinais sutis que podem indicar uma inversão de papéis. Observe se você se sente constantemente sobrecarregada com as responsabilidades do cuidado, se seu parceiro espera que você tome decisões por ele ou se há uma falta de equilíbrio na divisão de tarefas e responsabilidades. E também se você dá esse caminho pra ele como forma de demonstrar seu amor.

Esses são indícios de que a dinâmica da relação pode estar se desviando do saudável.

Como psicóloga, minha orientação é para que você se permita refletir sobre suas próprias necessidades e limites dentro do relacionamento. Converse abertamente com seu parceiro sobre suas preocupações e expectativas em relação à relação. Estabelecer limites claros e saudáveis é essencial para promover uma relação equilibrada e satisfatória para ambos.

Além disso, buscar o apoio de um profissional de saúde mental pode ser extremamente benéfico. Uma psicóloga, principalmente com especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, pode oferecer um espaço seguro para explorar seus sentimentos e experiências, ajudando você a compreender e superar padrões prejudiciais nas relações.

Lembre-se de que cada pessoa merece ser vista e valorizada em sua individualidade, e que relacionamentos saudáveis são construídos sobre a base do respeito mútuo, da reciprocidade e do cuidado compartilhado.

Ao reconhecer e romper com padrões que não são saudáveis para você, você estará dando um passo importante em direção ao bem-estar emocional e à realização pessoal.

Para mais orientações sobre como lidar com a sua saúde emocional, ansiedade, ter mais autoestima, melhorar seus relacionamentos, combater o estresse e garantir mais qualidade de vida mental, me siga no perfil do Instagram @telmaelisa.psi e aqui nesta coluna todas às quintas-feiras.

Getty Images/Skynesher - Você pode ter se tornado mãe do seu marido e nem se deu conta

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Telma Elisa

Saúde Mental

Psicóloga e também jornalista, formada pela UFJF, Telma Elisa é especialista em comunicação assertiva e não-violenta, também pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) pela PUC. Tem competência para te ajudar a lidar com ansiedade, relacionamentos, transtornos, e a desenvolver habilidades sociais para que seja possível levar uma vida mais plena.

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