A saúde mental é um tema cada vez mais relevante na sociedade atual, especialmente quando se trata das pressões enfrentadas por mulheres em suas múltiplas responsabilidades.

Recentemente, durante as Olimpíadas, tivemos um exemplo poderoso de sororidade feminina que merece ser destacado e refletido: a reverência de Simone Biles e sua colega de equipe, Jordan Chiles, à Rebeca Andrade no pódio.
Simone Biles, uma das maiores ginastas de todos os tempos, demonstrou um gesto de grandeza e solidariedade ao prestar uma homenagem à atleta brasileira.

Esse momento não apenas celebrou o talento e a conquista de Rebeca, mas também mostrou ao mundo a importância da sororidade entre mulheres, especialmente mulheres pretas, que enfrentam desafios únicos em suas trajetórias.

Como psicóloga especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental, vejo diariamente em meu consultório, e também em estudos, o impacto positivo que a sororidade pode ter na saúde mental das mulheres.

A rivalidade é muitas vezes alimentada por pressões externas e padrões de competição que são impostos sobre nós. No entanto, quando praticamos a sororidade, criamos um ambiente de apoio mútuo e compreensão, que pode ser profundamente curativo e fortalecedor.

A cena do trio de mulheres pretas e vencedoras no pódio mundial da Ginástica Olímpica, é um exemplo claro de como o apoio entre mulheres pode quebrar barreiras e promover o bem-estar mental.

Ao invés de se verem como rivais, elas se reconheceram como irmãs de luta, celebrando juntas suas vitórias. Esse tipo de atitude ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo um senso de pertencimento e autoestima.

Além disso, é importante destacar o simbolismo de serem três mulheres pretas naquele pódio. Em uma sociedade onde as mulheres negras muitas vezes enfrentam dupla discriminação, tanto por gênero quanto por raça, ver essas atletas brilhando e apoiando uma à outra é inspirador. Mostra que, ao nos unirmos, podemos superar qualquer obstáculo e conquistar nossos objetivos.

Entre os legados deixados pelos Jogos Olímpicos de Paris, fica o aprendizado sobre a sororidade feminina. Uma poderosa ferramenta para a saúde mental.

Quando nos apoiamos mutuamente, não apenas nos fortalecemos individualmente, mas também criamos uma rede de suporte que pode transformar nossas vidas. Como psicóloga, encorajo todas as mulheres a praticarem a sororidade em suas vidas diárias, lembrando sempre que juntas somos mais fortes.

Para mais orientações sobre como lidar com a sua saúde emocional, ansiedade, ter mais autoestima, melhorar seus relacionamentos, combater o estresse e garantir mais qualidade de vida mental, me siga no perfil do Instagram @telmaelisa.psi e aqui nesta coluna todas às quintas-feiras.

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Jogos Olímpicos | Olimpíadas | Rebeca Andrade

REUTERS/Hannah Mckay - Rebeca Andrade e o pódio em que a sororidade feminina foi a grande vencedora

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Telma Elisa

Saúde Mental

Psicóloga e também jornalista, formada pela UFJF, Telma Elisa é especialista em comunicação assertiva e não-violenta, também pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) pela PUC. Tem competência para te ajudar a lidar com ansiedade, relacionamentos, transtornos, e a desenvolver habilidades sociais para que seja possível levar uma vida mais plena.

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