SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na segunda-feira (23) o produtor musical americano Creed Taylor, um dos responsáveis por ampliar a divulgação da bossa nova no mundo. Entre seus feitos mais notáveis em relação ao gênero brasileiro estão a produção do disco "Getz/Gilberto", de 1964, o clássico que uniu João Gilberto e o saxofonista Stan Getz. Ele morreu em Nuremberg, na Alemanha, aos 93 anos, após complicações de um derrame no início do mês.
Fundador dos selos Impulse! e da gravadora CTI, ele se destacou por trazer o melhor das gravações em estúdio para o jazz. Após perceber que não seria um trompetista excelente, dedicou-se à produção, num portfólio que soma mais de 300 álbuns ao longo de 50 anos de carreira.
Com a Impulse! ele ergue ainda a casa da "nova onda do jazz", com LPs chamativos de artistas como John Coltrane. Taylor deixou a empresa em 1961, e foi sob o selo Verve que fez o álbum que uniu Getz, João Gilberto e ainda tinha Astrud Gilberto cantando a versão em inglês de "Garota de Ipanema".
Em 1967 ele despontaria com o selo independente CTI --ou Creed Taylor Inc.--, que lançou sucessos de George Benson, Stanley Turrentine, Grover Washington Jr. e outros, equilibrando o jazz entre o artístico e o vendável. Além do jazz americano, ele se destacou por contratar artistas de outros países para tocar nos EUA, incluindo Tom Jobim, Eumir Deodato e Airto Moreira.
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