RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Na moral: o Jota Quest era a atração menos esperada do Rock in Rio 2022. Substituto de última hora do The Migos, o grupo mineiro ofereceu seu pop dançável no lugar do trap brabo do trio norte-americano, o que desagradou os fãs que já tinham ingressos comprados.
Mesmo assim, conseguiu reverter qualquer antipatia e chamar para si o público com uma apresentação leve e descompromissada, com sabor de chiclete.
Cantor de inegável qualidade e frontman experiente, Rogério Flausino abriu o palco Mundo com "Além do Horizonte", avisando que aquela seria a melhor celebração possível para os 25 anos da banda.
O público, que parecia ter essa mesma idade, fez eco e cantou junto uma previsível sequência de sucessos da banda --"O Sol", "Mais uma Vez", "Amor Maior", "Blecaute, "Planeta dos Macacos".
Durante "Dias Melhores", Flausino levantou uma bandeira do projeto ambiental Amazônia Livre, mas foi incapaz de dizer uma palavra sequer sobre quem incentiva o desmatamento no país. Assim é fácil, extremamente fácil defender o verde.
"Essa é uma questão que não tem lado", disse ele, de cima de um muro. Depois, emendou a derradeira sequência com "Tempos Modernos", de Lulu Santos, "Só Hoje" e "Do seu Lado". No final, abraçou a banda e fez média com o patrão, puxando o hino do festival. Isso é que é amigo.
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