SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A atriz e ex-secretária da Cultura Regina Duarte voltou a dirigir ataques contra magistrados do STF (Supremo Tribunal Federal) ?desta vez, ao comentar a suspensão do piso salarial nacional da enfermagem. A decisão, ocorrida no domingo (4), é do ministro Luís Roberto Barroso.

Regina defendeu a categoria em publicação nas redes, afirmando que os enfermeiros são a linha de frente dos hospitais. "A enfermagem não é aquela linha de frente com que o povo brasileiro conta na hora da internação? Na hora do temor da morte?! Por que razão recusar gratidão?", escreveu.

Luís Roberto Barroso deu 60 dias para que entes da federação, entidades do setor e os ministérios do Trabalho e da Saúde se manifestem sobre a capacidade para que o piso seja cumprido.

A decisão ocorreu no âmbito de uma ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços. Segundo o ministro, a entidade apresentou "alegações plausíveis" de possíveis "demissões em massa" com a nova lei.

Ao responder a comentários feitos na publicação que questiona Barroso, Regina Duarte concordou com uma seguidora que questionou o salário de ministros do STF. "O [salário] dele [Barroso] é graúdo e sem dó nem piedade", afirmou a atriz.

A ex-secretária ainda endossou uma afirmação feita por outro seguidor de que os ministros complicam a vida do povo. "Estou me sentindo asfixiada com tanta perseguição", disse ela.

No mês passado, como mostrou a coluna, a atriz já havia acusado integrantes do STF de falta de patriotismo por não cantarem o Hino Nacional com a mão no peito durante a posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A lei que criou o piso da enfermagem foi aprovada pelo Congresso após grande pressão da categoria. O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a legislação, que agora está suspensa, em 4 de agosto.

A proposta fixava remuneração mínima de R$ 4.750 para enfermeiros. Técnicos em enfermagem deveriam receber 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50%.


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